Ele nasceu no Rio Grande, morou em Itapejara, Beltrão e Florianópolis.

(21.8.1951 a 23.12.2016)
numa foto de 7 de outubro de 2013.
Almir Begnini Menin, conhecido desportista de Itapejara D’Oeste nos anos 70 e empresário beltronense a partir dos anos 80, morreu na sexta-feira antes do Natal, 23 de dezembro, em Florianópolis, onde residia há três anos. Deixou viúva Sandra Batistella Menin e um casal de filhos, o engenheiro agrônomo Thomas William e a bióloga Laís Pricila.
Após 29 anos com a ABM Trator Peças, empresa que ele criou e viu crescer e se consolidar em Francisco Beltrão, Almir mudou para Florianópolis no final de 2013, quando já se tratava de um câncer de próstata. Nos últimos cinco meses, a doença se generalizou e o levou à morte, aos 65 anos.
Almir era natural de Paim Filho (RS), o quinto dos 15 filhos de Arvelino e Dileta Begnini Menin: Neli, Velani, Dirceu, Nelci, Almir, Nilva, Nilson “Chico”, Adilo, Onir, Alcir, Ajair “Polaco”, Ana Rita, Marinês, Giberto e Gilson.
Nos anos 70 mudou para o Paraná. Fez parte da primeira turma do Colégio Rio Branco de Itapejara D`Oeste, formando-se técnico em Contabilidade. Foi o primeiro aluno a concluir o ensino médio em Itapejara a passar num vestibular, Ciências Exatas, em Passo Fundo (RS). Ainda como acadêmico, tornou-se professor em Itapejara, tempo que trabalhava também como encarregado de compras da cerealista Franciosi.
Em 1976, Almir mudou para Curitiba, trabalhou no banco Bamerindus, iniciou três cursos – Direito, Letras e Ciências Econômicas -, mas não concluiu nenhum. Em 1982, estabeleceu-se em Francisco Beltrão para assumir a filial da empresa Beltramaq. No ano seguinte, mudou para Rondônia e em 84 retornou a Beltrão, sempre pela Beltramaq. No final daquele ano, a empresa fechou em Beltrão e Almir decidiu criar seu próprio empreendimento. Oficialmente, a ABM (Almir Begnini Menin) Trator Peças passou a existir no dia 2 de janeiro de 1985.
Nos tempos de Itapejara, formou um dos melhores times de futebol da história regional. Fortalecida com atletas de Verê, a equipe disputava a segundona no paranaense e rivalizava com Pato Branco. “Nossa! Nossas intrigas com o Internacional e o Palmeiras, lá era ferrado o negócio. Meu Deus do céu”, dizia Almir numa entrevista ao Jornal de Beltrão de 20 de outubro de 2013.
“Nós tínhamos o Brolo e o Bortolon de goleiro; eu era o lateral direito; o Beco e o Altair Suzzin de zagueiro; o Vilmar Suzzin de lateral esquerdo; o Heitor Suzzin, que eram três irmãos, na cabeça de área; daí vem Hermes Schneider; o Vitor Lucini, da Barra Grande; o Celito Bevilaqua, ex-prefeito de Itapejara; o irmão dele às vezes jogava, o Toninho, lá de Dois Vizinhos; na esquerda jogava quase sempre o Bortolon ou o Neuri Dalmolin, que era uma pestinha dum piá novo, mas era liso. E assim nós fomos longe! Era um supertime. Tinha o Gumercindo Panho, que jogava também na lateral esquerda, às vezes, no lugar do Vilmar, que é nosso vizinho aqui perto do parque, hoje.”
Em Beltrão, além do destaque recebido pela empresa ABM, que atuava em todo o Sudoeste e outras regiões (teve entre seus colaboradores Antonio Cantelmo Neto), Almir também era destaque, nos fins de ano, por sua casa, sempre uma das mais enfeitadas para o Natal, na esquina das ruas Antônio Carneiro Neto e Ponta Grossa.