19.8 C
Francisco Beltrão
sábado, 07 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Família Acolhedora completa dois anos e apresenta resultados positivos

A modalidade permite que famílias recebam, em suas casas, crianças e adolescentes que foram afastados do convívio de sua família biológica.

Equipe da Vara da Infância e do serviço Família Acolhedora.

“É uma experiência gratificante. Até rejuvenesce a gente e ajuda a criar energia”, define a mãe acolhedora Juraci Ribeiro da Rosa, 64, professora aposentada e moradora do Rio Saudade, interior de Francisco Beltrão, que recebeu seis crianças dentro de sua casa. Ela está no segundo acolhimento. Foram três irmãos (8 meses, 2,5 anos e 5 anos) na primeira experiência, durante um período de oito meses. Agora, novamente, mais três irmãos (7, 9 e 14 anos) estão acolhidos em sua casa.

Quinta-feira, 14, foi dia de comemoração na sede do serviço Família Acolhedora (antiga Casa Abrigo) em Francisco Beltrão. Cama-elástica, bolo, refrigerante, doces e muita diversão para comemorar o Dia das Crianças. Também foi um momento importante para a equipe do judiciário da Comarca local ver como está a evolução dos pequeninos. “São crianças, não são processos”, brinca a juíza Carina Daggios, que está há dez anos na Vara da Infância, e não esconde o carinho quando reencontra cada rostinho conhecido para um abraço. As famílias acolhedoras se responsabilizam por cuidar da criança até que ela retorne à família de origem ou seja encaminhada para adoção. A modalidade permite que famílias recebam, em suas casas, crianças e adolescentes que foram afastados do convívio de sua família biológica. No Paraná, o serviço de acolhimento familiar está implantado em 107 municípios.

Diferentemente da adoção, o acolhimento familiar é temporário. Nestes casos, a determinação judicial pode ser para que a criança ou o adolescente fique, temporariamente, com uma família acolhedora ou em uma casa abrigo. Em Francisco Beltrão, a preferência é pelo acolhimento. Carina diz que o programa tem funcionado muito bem e é gratificante ver o desenvolvimento das crianças e adolescentes. “Estamos tentando dar para a criança aquilo que a Constituição determina, que é uma família.”

- Publicidade -

[relacionadas]

Ela ressalta, contudo, que o judiciário sempre trabalha com a prioridade de que a criança retorne para sua família de origem. “Mais de 90% acabam voltando para suas famílias.”

Crianças aproveitaram para brincar na comemoração do Dia das Crianças.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques