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Francisco Beltrão
terça-feira, 17 de junho de 2025

Edição 8.228

18/06/2025

Família não concorda que a professora Irene Zimmer tenha morrido de Covid

Geral

O velório foi limitado a uns momentos de oração, somente para os familiares, na entrada do cemitério.
O velório foi limitado a uns momentos de oração, somente para os familiares, na entrada do cemitério.

A professora aposentada Irene Zimmer (ia fazer 67 anos dia 20 de janeiro) faleceu ontem, às 15h, e às 18h30, foi sepultada no cemitério municipal como suspeita de Covid. A família não concordou com a decisão das autoridades sanitárias porque se tratava de uma paciente que há anos vinha se tratando de insuficiência cardíaca e, por causa de seu estado, debilitado viveu sempre isolada desde que iniciou a pandemia da Covid, recebendo todos os cuidados.

O resultado do exame sai hoje
Irene Crestani Zimmer era viúva de Delmar Zimmer, que faleceu aos 48 anos. Ela era professora em Salgado Filho. Ao se aposentar, mudou para Francisco Beltrão, para que suas duas filhas, Adriane e Elizandra, pudessem estudar. Deixou três netos: o Felipe, de 10 anos, e a Amanda de 3, filhos da Adriane e o Anderson dos Santos; mais o Lorenzo, de 3 anos, filho da Elizandra e do Alexandro Fragozo.

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Pessoa muito comunicativa
Adriane conta que sua mãe era uma pessoa muito comunicativa, gostava de conversar com outras pessoas. Quando ia no mercado, não queria que lhe dessem carona, preferia ir de ônibus e, no caminho, já conversava com alguém.

Passava em vários mercados, e em cada um encontrava mais gente para conversar. Depois contava as histórias que ouvia, e repetia para as filhas, genros, netos e amigos. Era muito ligada nos meios de comunicação, sabia de tudo o que estava acontecendo na cidade. Mas nas últimas duas semanas ela se isolou, não queria mais ouvir rádio nem ver televisão e nem atender telefone de seus irmãos, que antes passavam tempo conversando.

Ela sentia a gravidade da doença, que evoluiu para pneumonia. Adriane acredita que o isolamento exigido pela pandemia contribuiu para agravar sua doença. E a dor maior foi ter que sepultá-la como vítima da Covid, sem poder velá-la. Não conseguiu nem um sacerdote para sua despedida; foi atendida pelo seminarista Marcos Paulo, que fez as orações na entrada do cemitério sob guarda-chuvas, porque chovia.

 

 

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