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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Feliz Dia das Mães… e das Mães Adotivas

Por que ainda é comum haver esta distinção?

Feliz Dia das Mães… e das Mães Adotivas. Por que ainda é comum haver distinção? Na foto, Iria e o marido Moacir com os filhos Victoria, 12, e Felipe, 8. 

Fotos: Arquivo pessoal

Mãe é mãe, independentemente se é de sangue ou de coração. A diferença é que as mães adotivas ainda passam por situações constrangedoras e precisam enfrentar questões como: Você não pensa em ter um filho seu? Você não consegue engravidar? Eles já sabem que são adotados? Por que você não escolheu uma criança parecida com você?
Mas você não sentiu falta de acompanhar os primeiros meses da vida deles? “Adoção é apenas uma outra forma de soletrar família”, destaca Raquel Bianchin, presidente do Grupo de Apoio à Adoção de Francisco Beltrão (GAAFB). Raquel e o marido Fernando Freitas têm três filhos do coração: Amanda, 10 anos, Jorge, 7, e Nátaly, 7.
“Existe muito preconceito das pessoas, em todos os lugares, qualquer coisa é por ser adotivo e por isso são malcriados; parece que as crianças têm que se comportar como adultos”, comenta Iria de Luca Perin. Ela e o marido Moacir Perin adotaram Felipe, 8 anos, e Victoria, 12. Iria conta que a vontade de adoção era um sonho desde quando tinha 20 anos. “Mas como ninguém faria isso, entregar uma criança pra alguém nessa idade, esperei. Quando me casei, passamos uns dez anos só fazendo tratamento pra engravidar. Conversei com meu marido, ele também gostaria de adotar, então começou o desafio; a espera de cinco anos, que foi um deserto pra nós, tendo ao redor pessoas a favor e mais contra, vi que os contra são pessoas que têm algum tipo de problemas com os filhos biológicos.”
Iria garante que está realizada e ser mãe tornou-a uma mulher forte e corajosa. “Venha o que vier na vida, estarei lutando pela felicidade deles. São o maior presente da minha vida e do meu marido. Ser mãe é se dedicar a encaminhar os pequenos a uma vida feliz.”

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A luz de Maria Liz
Leila Mendes sempre sonhou em ter dois filhos, mas, depois de anos tentando, descobriu que seu marido Marcelo Machado dos Santos não poderia ter. “Até fomos atrás de médicos pra fazer inseminação, mas pensamos melhor e entramos, em 2012, na fila de adoção. Em 2016, nasceu minha amada Maria. Ela é uma bênção, linda e querida. Agradeço e sempre que posso falo do quanto é bom adotar uma criança”, diz Leila.
Por outro lado, Gislene Titon Santos não pretende ter filhos biológicos, mas sim adotar, como fez Leila. “Acreditamos que há muitas crianças que não pediram pra vir ao mundo e estão hoje a procura de um lar e uma família que os ame, este é um dos motivos de nossa escolha.”

Marcelo Machado dos Santos, Leila Mendes e Maria Liz: Graças à adoção, eles realizaram um sonho.

Sonho de ser mãe
Muitas vezes, a gravidez não é planejada, mas o filho se torna o maior presente. É o caso de Cris Sutil: “Vieram todos de oferecidos, nenhum foi planejado”, brinca. Ela e o marido Fernando são pais de Jean Victor 15, João Pedro 12, e Otávio Luís, 9.
Outro exemplo é Tania M. Scheeren: “Eu nunca tinha pensado em ter filhos, minhas gestações foram por acidentes – ou planos de Deus. A primeira foi gemelar, mas eram anembrionados e, três meses depois da curetagem, engravidei novamente, sem planejamento, mais uma gestação gemelar. Tive um parto extremamente prematuro, com 28 semanas de gestação, porque foi muito próximo da curetagem. Hoje minhas meninas estão grandonas e sapecas, com quatro anos, mas pretendo não testar mais a vontade de Deus de me dar filhos de penca”, fala, bem-humorada.
Mari Mass também tem uma história interessante: “Eu era menor de idade e morava no interior de Verê. Meu pai não concordava com meu namoro e muito menos com casamento, aí demos um jeitinho, engravidei. Claro que, depois disso, conseguimos casar e tivemos mais um filho. Eles são meus orgulhos e tenho o maior amor do mundo por eles”, afirma a mãe de Luís Henrique, 17 anos, e Marco Antônio, 14 anos.
Mari e o marido Ivonei Mass completaram 18 anos de casados, sábado, dia 5 de maio.

Luís Henrique, 17 anos, Marco Antônio, 14 anos, com os pais Mari e Ivonei Mass, que completaram 18 anos de casados dia 5 de maio.

 

Milagres de Deus

Sabyne K. Ribeiro define desta forma as gestações de Vittório, 4 anos, e Vitor Hugo, 3 anos. Ela e o marido Cleonir Ribeiro sempre sonharam em ter filhos. “Nosso primeiro, infelizmente, perdemos. Após o aborto, não conseguíamos engravidar. O coração encheu de dor e tristeza, iniciamos uma busca do motivo do por que não ocorria nosso grande sonho.” Após três anos, descobriu-se que Sabyne é portadora de trombofilia, deficiência de proteína S Funcional; iniciaram o tratamento. “Todos os dias, uma injeção; uma ultrassonografia por semana e assim fomos, até o fólico ser liberado e então a luta para conseguir segurar. Cada dia, uma injeção, repouso e placenta amadurecida antes do tempo. Com 35 semanas, Vittorinho nasce com 2,400 kg. Após tanto sofrimento, jamais imaginávamos ter outro filho ou querer passar por todas injeções novamente, mas Deus nos presenteou, após alguns meses, com Vitor Hugo. Oito meses novamente de injeções e bênção, completando nossa família. Meus meninos são milagres de Deus.”
“Também tenho trombofilia e tive abortos. É triste. Parabéns, você é uma guerreira”, diz Leidiane Candido, sobre Sabyne.

Sabyne K. Ribeiro enfrentou a trombofilia para ter Vittório, 4 anos, e Vitor Hugo, 3 anos.

Na foto, com o marido Cleonir.

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