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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Festa do Vinho e do Queijo: 24 anos fortalecendo as agroindústrias salgadenses

Evento que atrai mais de 30 mil pessoas para o município de Salgado Filho amplia a venda e incentiva a produção e a manutenção da cultura culinária tradicional da região.

Prefeito Helton Pfeifer e sua esposa, Ivania, o vice-prefeito Astério Marchetti com sua esposa, Sandra, e as candidatas a rainha da 24ª Festa do Vinho e do Queijo, durante o café colonial de lançamento do evento.

Prefeito Helton Pfeifer e sua esposa, Ivania, o vice-prefeito Astério Marchetti com sua esposa, Sandra, e as candidatas a rainha da 24ª Festa do Vinho e do Queijo,

durante o café colonial de lançamento do evento.

Foto:Rubens Anater/Gente do Sul

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Entre os dias 6 e 8 de julho, Salgado Filho promove a 24ª Festa do Vinho e do Queijo, um evento já tradicional que fortaleceu a cultura dos produtos coloniais e levou a produção salgadense para fora dos limites municipais. “Temos hoje a alegria de ver que estes 24 anos de Festa do Vinho e do Queijo construíram um patrimônio histórico e cultural para Salgado Filho”, comemora o prefeito Helton Pfeifer (PSDB).

“Nós, enquanto Salgado Filho, temos nossa identidade representada na Festa do Vinho e do Queijo. Ali podemos apresentar um pouco do que nós somos, através do nosso jeito de ser e dos nossos produtos”, acrescenta Pfeifer, deixando claro que a razão de ser da festa, desde sua primeira edição, são os produtos coloniais da agricultura familiar.

É claro, não dá para deixar de lado as atrações musicais, apresentações culturais, eventos técnicos ou mesmo a exposição e venda de produtos da indústria e comércio. Ainda assim, em seus 24 anos de existência, a principal parte da Festa do Vinho e do Queijo é a degustação e comercialização das comidas e bebidas típicas das culturas italianas, alemãs e caboclas que colonizaram Salgado Filho e tantos outros municípios por todo o Sudoeste.

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Essa característica fortalece muito a produção salgadense e torna os produtos coloniais conhecidos Brasil afora. “Salgado Filho tem apenas 4.400 habitantes, mas recebe em torno de 30, 35 mil visitantes em cada festa. Isso muda o panorama do nosso município”, comenta o vice-prefeito Astério Marchetti (PSC), responsável também pelo setor da Agricultura. “Principalmente para o pequeno produtor, a festa é uma fonte de renda, um momento de incrementar sua venda e também divulgar sua marca, porque as pessoas que vêm e compram, voltam no próximo ano e procuram o mesmo produtor, ou mesmo buscam o produto em suas cidades”, completa Marchetti.

 

De geração em geração
É o que acontece com a agroindústria Embutidos Debastiani, que nasceu junto com a Festa do Vinho e do Queijo e cresceu também por causa dela. “A nossa produção vem desde a primeira festa. Começou pelo meu avô, Angelo Debastiani, que hoje é falecido, e veio de geração em geração, até chegar na gente”, conta Volnei Debastiani, que também mostra que a festa é uma forma de facilitar a sucessão familiar no campo.

“Nós sempre vendemos bem na festa. Um ano sempre supera o anterior e a gente chega no domingo liquidando todos os produtos. Ficando basicamente sem nada”, acrescenta Volnei. “Por isso, a festa é uma espécie de incentivo para o produtor. Como o município é pequeno, se torna quase inviável basear a venda só aqui dentro, então a festa é uma forma de divulgar nosso produto, para ele sair para a região, para o Estado e, quem sabe, até para outros estados.”

Do vinho aos doces
Outro exemplo é a agroindústria Produtos Salgado Filho (PSF), da família Klein, que participa da festa desde a terceira edição — começando com vinhos, passando também a vender suco de uva e chegando aos dias de hoje comercializando ainda 12 variedades de doces e geleias. A produtora Cleonise Klein conta que, com a divulgação proporcionada pela festa, seus produtos já estão espalhados por muitos municípios, principalmente no Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina.

“Para minha empresa (a importância da festa) é a divulgação dos produtos, estar mais perto do consumidor, atender ele diretamente. A oportunidade de estar comercializando um pouco da produção também, o que ajuda para a gente estar investindo e melhorando a empresa”, acrescenta.

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