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O senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado com dinheiro em sua cueca, reassumiu o seu mantado parlamentar, ontem, após mais de quatro meses afastado.
Ele pediu licença para interesses pessoais, de 121 dias, após ter sido flagrado com maços de notas durante operação da Polícia Federal, em Boa Vista, em outubro do ano passado. O senador é suspeito de desviar recursos destinados para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus – Rodrigues nega.
Quarta-feira, 17, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, havia autorizado o retorno do parlamentar a suas atividades, com o término da licença, mas determinou seu afastamento de comissões que tratem do enfrentamento à Covid-19.
Aliados do senador defendiam um novo afastamento, para evitar um início tumultuado de gestão para o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Os dois são correligionários.
O parlamentar encaminhou um documento à presidência do Senado anunciando seu retorno, no qual afirma que passou por um período de “enorme padecimento pessoal, familiar e político”.
Rodrigues acrescenta que foi vítima de “escárnio” e “veleidades” e que não conseguiu até o momento se defender das imputações “brutais e kafkanianas” contra ele. Afirma que chegou a tomar medicamentos para se recuperar.
“Tomo a iniciativa de, humilde e respeitosamente, prestar alguns esclarecimentos fundamentais neste momento, visto que as circunstâncias terríveis que assombraram a minha vida me impediram inclusive de poder sequer me defender das brutais e kafkanianas imputações feitas contra mim, numa avalanche do destino que me privou de qualquer condição mínima de reagir e de me contrapor”, afirmou.