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Um dos feitos de frei Policarpo foram as aulas radiofônicas da Rádio Celinauta, iniciadas em 1960. O projeto foi criado pelos bispos do Nordeste e o Movimento de Educação de Base, implantado pela rádio em parceria com o governo estadual. As aulas eram realizadas de segunda a sexta-feira e começavam sempre com uma oração. Pela manhã eram transmitidas ao vivo e depois, gravadas, eram repetidas para as turmas da tarde.
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As turmas de estudantes se reuniam nas comunidades rurais das regiões Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina, para as aulas de Português, Matemática, Ciências, Estudos Sociais e Religião.
Frei Policarpo conta que a Celinauta distribuiu 600 aparelhos de rádio para cidades do interior. “A gente tinha interesse em poder se comunicar melhor com o povo porque nas capelas as distâncias eram sempre grandes, não tinha jornais. Com o rádio a gente podia conversar com o povo todos os dias. Produzimos as escolas radiofônicas onde dávamos a catequese e educação. O objetivo principal foi evangelizar”, diz Policarpo. A programação das aulas radiofônicas durou até o ano de 1987.
Frei Nelson Rabelo (in memoriam) contava que, de tanto gostar dos meios de comunicação, frei Policarpo andava pelas comunidades rurais com um projetor, exibindo filmes para os moradores. E o próprio frei explicou essa história: “A gente tinha um aparelho com bateria, então cada coleção de alguma história ou Sacramento a gente passava, eram quadros luminosos, não era bem cinema. O povo ficava maravilhado. Quando eu passava no pavilhão de festas da igreja, vinham mais de 500 pessoas. Passava histórias, até da Branca de Neve”.