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O Sindicato das Indústrias Avícolas do Paraná (Sindiavipar), que reúne frigoríficos e empresas de produção e ovos, informa que 984,7 milhões de aves foram produzidas no Paraná de janeiro a junho deste ano, segundo o levantamento.
O número é 7,1% maior que o total de abates no mesmo período do ano passado, quando alcançou a marca de 919,4 milhões de cabeças.
Com isso, o segmento alcançou o melhor semestre em produção já registrado. Do total de carne de frango produzida pelo Paraná, 66,4% foi destinado ao mercado interno, enquanto 33,6% foi embarcado para o exterior.
Os embarques do semestre alcançaram a marca de 825,1 mil toneladas de frango, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O volume é 4,1% superior ao exportado nos primeiros seis meses de 2019, quando 792,3 mil toneladas da proteína foram destinadas ao mercado externo.
Entre os países que mais importaram a carne de frango do Paraná estão: China (177,3 mil toneladas), África do Sul (67,5 mil toneladas) e Emirados Árabes Unidos (58,3 mil toneladas).
Presidente da Avisud diz que perspectivas são positivas
JdeB – O presidente da Associação dos Avicultores do Sudoeste do Paraná (Avisud), Claudinei Colognese, disse que os produtores não tiveram aumento na remuneração pelos lotes produzidos para as empresas integradoras. A renda básica se mantém há anos. Apesar disso, as perspectivas são positivas para a atividade.
Claudinei comentou que “a notícia de que os frigoríficos vêm ampliando sua produção procede, porque se nós pensarmos na crise que aconteceu por causa da pandemia [do coronavírus], sempre o consumidor vai procurar o que tem de mais barato, e nas proteínas o que nós temos de mais barato é a carne de frango. Então, muitos consumidores estão migrando pra esse tipo de proteína, e isso dá um consumo maior”.
Claudinei acrescenta que, “além de tudo, nós estamos no inverno, tem um consumo maior de carne e tem vários fatores que tão ajudando a fazer com que aumente a produção e os ganhos dos frigoríficos. Nós temos a questão do dólar alto também. Tudo isso vem ajudando, e agora os frigoríficos conseguiram até se estabilizar melhor daquela quebradeira da greve dos caminhoneiros [de 2018], quando nós perdemos grandes plantéis de matrizes e isso não é da noite pro dia [a reposição de galinhas]. Então, é bom pra nós, nos últimos dias a gente vem notando uma melhora, isso impacta no valor pago pelos lotes, esperamos que daqui pra frente comece a melhorar”.
Boas perspectivas em Beltrão
O presidente da Avisud falou também sobre novos investimentos. “Nós temos a expectativa de médio a longo prazo a volta do peru em Beltrão, mas temos um investimento no frango, aqui, que vai se abrir abate no sábado, isso é uma notícia que a gente tem aí em primeira mão. Eu creio que vai ser feito um investimento de quase R$ 10 milhões em aviários”.
Novos aviários devem ser construídos para alojar lotes de pintinhos para engorda e envio para abate no frigorífico da BRF. Claudinei disse que pretende agendar uma audiência com o prefeito Cleber Fontana para ver que tipo de apoio a Prefeitura de Beltrão poderá dar para os novos investimentos e também para os aviários de perus que serão convertidos para a produção de frangos. Ele prevê até um ganho em produtividade.