Da assessoria e WH3
Nesta semana, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), formado por policiais militares e civis e sevidores públicos, de Chapecó (SC), deflagrou duas operações simultâneas para combater crimes contra a saúde pública e garantir direitos dos consumidores.
As investigações iniciaram há cerca de cinco meses e estão focadas em empresas de laticínios, unidades resfriadoras e transportadoras de leite, cujos empresários e funcionários supostamente estão falsificando e adulterando o leite destinado a consumo humano, tornando-o nocivo à saúde ou reduzindo o valor nutricional.
As operações recebem os nomes de “Leite Adulterado I” e “Leite Adulterado II”, em face de empresas localizadas nos municípios de Lageado Grande, Ponte Serrada e Mondaí, em Santa Catarina, e Vista Alegre, no Rio Grande do Sul. Foram cumpridos 20 mandados de prisões e 11 mandados de buscas e apreensões, autorizados por ordens judiciais dos Juízes de Direito das comarcas de Xaxim e Mondaí (SC).
Foram presos 14 homens e seis mulheres e cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nas unidades industriais, residências e propriedades rurais de sete cidades do Oeste e Extremo-Oeste de Santa Catarina e Noroeste gaúcho.
Adulteração com formol
De acordo com as investigações, o leite cru era adulterado com substâncias químicas, entre elas formol e soda cáustica, além de água, para ser transportado em longas distâncias. O leite era levado principalmente para os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, para industrialização.