O beltronense Gildo de Lima viajou ontem para Brasília, como palestrante indicado pela Associação Paranaense de Criadores de Aves de Combate. Gildo vai apresentar um histórico do galismo no Brasil e no mundo, para os participantes do Simpósio Galístico de Criadores e Preservadores de Aves de Combate que inicia hoje e vai até terça, dia 12, na capital federal. Acadêmico de Direito, Gildo tem estudado a legislação ligada ao galismo, assim como tudo quer se refere a maus tratos aos animais. Ele está entre os galistas que procuram convencer os parlamentares a rever artigos que eles consideram absurdos, como o 404 e o 405 do novo Código Penal. “Se você abandonar uma pessoa deficiente, a pena prevista é de seis meses a um ano de reclusão, mas se você abandona um animal terá pena de um a quatro anos de reclusão. Isso é um absurdo, é uma afronta à pessoa humana”, comenta Gildo. Os galistas defendem as populares rinhas de falo, que são antigas e são muito apreciadas pela população – “o povo adora briga de galo” -, mas que nos últimos anos têm recebido críticas como causa de maus tratos aos animais. Gildo diz que é preciso discutir melhor o tema e combater os mitos criados em torno desse esporte. “Isso de dizerem que os galos brigam até morrer é um mito, pois tudo tem limites, tem regras, até porque nenhum galista quer perder um galo que pode valer até cinquenta mil reais. E se galos não podem brigar, então temos que proibir também as lutas de boxe”, ele argumenta.