Vereadores farão sessão extraordinária hoje para votar subsídio público ao Consórcio Tupã.

Pato Branco amanheceu, na manhã de ontem, sem transporte coletivo urbano. Os motoristas e cobradores estacionaram os ônibus na Praça da Patoeste, um dos principais pontos do transporte urbano da cidade e cruzaram os braços. Logo depois levaram os ônibus do Consórcio Tupã para a frente da Câmara de Vereadores, onde permaneceram até meio-dia. Os funcionários do consórcio querem saber quando vão receber os salários e a segunda parcela do 13º salário.
A expectativa era de que a votação do projeto de lei, do Executivo, que pretende repassar um subsídio de R$ 2,5 milhões ao consórcio acontecesse, mas o projeto não foi colocado em pauta. Após a sessão em que os motoristas e cobradores estacionaram os ônibus em frente à sede do Legislativo, e representantes acompanharam a sessão, a decisão foi de voltar ao trabalho, com horários reduzidos até a votação que deve ocorrer hoje.
Segundo Ênio da Luz, presidente do Sindicato dos Empregados nas Empresas de Transportes, os trabalhadores vão aguardar o resultado da votação, e caso o subsídio não seja aprovado para que o consórcio possa pagar os salários, a greve geral deve ser novamente deflagrada e então por tempo indeterminado.
Após uma reunião entre representantes do Consórcio Tupã, da Prefeitura e os vereadores, o presidente da Câmara Vereadores, Moacir Gregolin, disse que iria convocar a reunião extraordinária para votar o projeto de lei. “Nós vamos convocar a sessão extraordinária e, caso os vereadores entendam assim, o Legislativo vai aprovar o subsídio a empresa”.
O valor proposto pela Prefeitura de subsídio será de R$ 2,5 milhões, mas este valor ainda não é consenso entre os vereadores, e o resultado da votação hoje ainda é incerto.
O advogado Adair Casagrande, representando o Consórcio Tupã, disse que o projeto de subsidiar o transporte é constitucional e já tem sido aplicado em vários municípios brasileiros. “A empresa suportou até agora, mas a situação ficou insustentável, e não há mais caixa para fazer frente as despesas básicas operacionais do sistema, entre eles os dois principais insumos, salário e óleo diesel, para não falar em outros”, afirmou Adair Casagrande.
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