Prefeitura, por sua vez, ressalta que todos os contratos estão sendo revistos e medidas de austeridade serão tomadas em diversos setores.

No fim de semana, houve muita mobilização nas redes sociais em virtude da paralisação de atividades do Grupo Municipal de Teatro (GMT), de Dois Vizinhos. Tudo começou depois de um áudio enviado pelo ator e diretor Dione Rodrigues aos pais dos alunos, onde ele falava sobre o insucesso das negociações de renovação de contrato com o poder público.
“Como vocês sabem, o GMT é uma ONG sem fins lucrativos que tem uma diretoria composta por pais, alunos e integrantes do grupo. Nesse ano, completamos 23 anos de fundação e, em 2014, nos tornamos uma entidade de Utilidade Pública, o que possibilitou recebermos recursos da administração municipal para oferecer as oficinas de teatro. Esse trabalho vem sendo feito com muita seriedade e aprovação da população. Nosso contrato está vigente até maio de 2021 e, para retomar as atividades, entramos em contato com a Prefeitura e recebemos a informação que nosso contrato seria rompido”, diz o áudio.
O grupo e representantes da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes voltaram a conversar e a Prefeitura ofereceu baixar a verba (atualmente em cerca de R$ 15,7 mil) em 50%.
“Nas reuniões, situamos que estamos com dois espetáculos em andamento, onde os alunos estão ensaiando há algum tempo, já pagaram parte do figurino, os tecidos já foram comprados, já tivemos todo investimento de produção, cenário e figurino. Foi feita uma nova reunião com o prefeito Carlinhos Turatto (PP) e nos chamaram novamente, trazendo uma contra proposta: continuar as atividades, mas com um corte de 50% da verba. A nossa reposta foi que não é possível realizar as atividades que estamos realizando dessa forma”, completou o diretor.
Sem acerto financeiro para o grupo
O diretor destacou que, dessa forma, o GMT seria descontinuado. “A proposta que recebemos era aceitar essa porcentagem ou o projeto seria interrompido. Como não aceitamos o corte, o projeto está interrompido nesse momento. Essa é a informação de momento. Temos uma diretoria bastante preocupada em tentar reverter essa situação e, caso isso não aconteça, a decisão é que o projeto foi interrompido. Vamos buscar formas de ressarcir os alunos que pagaram o figurino, mas caso a gente não consiga reverter, nossa decisão interna é encerrar totalmente o GMT, fechar a ONG e interromper as atividades porque não vamos ter como manter os gastos que teremos daqui para frente”, conclui.