Radialista e vereador, morreu aos 28 anos e virou nome de uma das principais ruas de Francisco Beltrão.
Uma notícia de 53 anos atrás, dia 25 de julho de 1967, deixava a população de Francisco Beltrão incrédula: a morte do então vereador e radialista Romeu Lauro Werlang, de apenas 28 anos. Uma pessoa sadia, sempre cheio de atividades, num tempo que não circulava por aqui covid nem outras doenças graves, ninguém esperava sua morte.
Romeu era dinâmico, de muita iniciativa, carismático e admirado pela comunidade, tanto que se elegeu vereador como o mais votado. Era rotariano, sócio do Clube União, da Guarda de São Cristóvão e da Associação dos Motoristas.
Muitas boas informações morreram com ele, pois Romeu era locutor da Rádio Colméia (atual Rádio Princesa) no tempo da Revolta dos Posseiros de 1957. Também foi gerente da Rádio. Ele era o braço direito do dr. Wlater Pécoits, que foi quem o trouxe para Francisco Beltrão em 1954, junto com sua mãe, Irma Koop Werlang, para administrar o hospital do dr. Walter (atual Policlínica São Vicente de Paula).
Romeu nasceu em Chapada (RS). Em Beltrão, casou com Noemi Granzotto e teve um casal de filhos, que continuam residindo na cidade, o engenheiro Gerson Werlang e a psicóloga Márcia Werlang.
Romeu era apontado como um futuro prefeito de Francisco Beltrão. Após sua morte prematura, a então Rua amazonas passou a levar seu nome.
A Rua Romeu Lauro Werlang é uma das principais da cidade, liga o Bairro Industrial ao Rio Marrecas, passando pelo centro, numa extensão de 2.200 metros.
No início da Lauro Werlang, onde faz esquina com a Rua Apucarana, reside o aposentado Remi Hoffmann. Na manhã deste sábado ele me dizia que conheceu o Romeu Werlang e que ele teve “uma morte besta”. Foi assassinado por seu sogro, devido a um desentendimento familiar.
8,1% dos votos
Na eleição do dia 6 de dezembro de 1964, Romeu Werlang foi o vereador mais votado, com 383 votos (superou o prefeito Euclides Scalco, que fez 356 votos e voltou para a Câmara). Pode parecer pouco, mas em percentual ele foi superado somente pelo dr. Antonio Lúcio Duarte na eleição de 15 de novembro de 1982. Dr. Lúcio fez 2.445 votos, de um total de 22.344 votos, deu 10,9%. Romeu fez 383 de um total de 4.671, deu 8,1%.
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Outros mortes célebres de 25 de julho
O dia 25 de julho lembra também mais duas mortes de pessoas destacadas da comunidade beltronense que viraram nome de rua: Antônio de Paiva Cantelmo, em 1987, e Júlio Assis Cavalhjeiro, em 1994.
