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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Habitue o pet à chegada de novo membro à família

Com a gravidez, donos ficam ainda mais cuidadosos, mas não abandone seu animal de estimação, pois ele verá o bebê como mais um membro do bando.

 

Dra. Yana Crestani incentiva a convivência entre bebês e animais de estimação. 

Ao descobrir a gravidez é comum, no primeiro momento, notar olhares desconfiados de seus donos aos amigos de quatro patas. Seja cão ou gato, o receio de haver transmissões de doenças e o medo da convivência entre o pet e o bebê são inevitáveis. Mas, para a médica veterinária Yana Crestani, da Vital Clínica, de Francisco Beltrão, não há motivos para escolher entre o cão e o bebê. “Os animais de estimação não vão prejudicar a saúde da gestante e do neném. O cão é sempre o melhor amigo do homem, então, o que é preciso é ter uma boa convivência”, comenta dra. Yana. 

O primeiro passo é garantir que o pet esteja em dia com as vacinas, vermifugado e tenha acompanhamento veterinário frequente, para, assim, evitar a transmissão de possíveis doenças. “Deve-se cuidar principalmente da higiene do animal e da casa para manter a qualidade de vida do animal, da família e do bebê”, lembra a veterinária. 
Doutora Yana aconselha, por exemplo, sempre deixar a caminha do cão limpinha, manter a área onde o animal urina e defeca higienizada e sempre lavar as mãos depois de brincar com o animal (inclusive antes de se alimentar ou pegar o bebê). 

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O novo membro
Antes mesmo de o bebê nascer, é importante cuidar do manejo do animal para que ele comece a entender que um novo membro vai entrar para a família. Para facilitar esse processo de adaptação, Yana dá algumas dicas: “Coloque alguns móveis diferentes em casa, deixe o carrinho do bebê na sala para que ele possa reconhecer e cheirar. Se a família optar por evitar a entrada do cão dentro do quarto do bebê, a educação precisa ser feita antes da chegada do recém-nascido, para que o animal não estranhe o comportamento dos donos”. 
Outra dica é levar a cobertinha com o cheiro do bebê para casa antes da chegada dele. Ao chegar ao lar com o neném, deixe o cão o cheirar. Mas a veterinária diz que isso deve ser feito com cuidado, para que o animal não queira morder. “Mantenha a atenção para que o cão não sofra. Se o dono deixar o animal de lado, ele pode ficar com ciúme com a vinda do bebê e pode sentir que está perdendo o espaço”, observa Yana. 
A veterinária ressalta que o bebê, quando entra em uma casa que tem um animal de estimação, é visto pelo pet como um novo membro da matilha e o cão o acaba protegendo. 

Toxoplasmose

Muitas pessoas associam a doença ao gato, como se ele fosse o causador da toxoplasmose – doença temida pelas grávidas. O gato transmite a doença através de suas fezes e, caso a zoonose seja contraída durante a gravidez, pode causar sérias complicações para o feto. 
“É importante lembrar que a doença não se contrai somente no contato com as fezes do gato, mas também na ingestão de carnes malpassadas e frutas e verduras mal higienizadas. O que nós indicamos é que o animal deve estar saudável, com visitas frequentes ao veterinário, que a grávida deixe a limpeza da caixinha do animal para outra pessoa e não tenha contato com gatos desconhecidos”, orienta a veterinária Yana Crestani. 

 

Samara comprou um cãozinho depois de saber que estava grávida

Samara junto com Bob. Ela não vê nenhum risco
na convivência entre cão e bebê. 

A beltronense Samara Santin está grávida de 35 semanas, ou seja, 8º mês gestacional. Ao saber que esperava um bebê, ela e o marido, Joel Correa Júnior, tomaram a decisão de ter um cãozinho também. “Sempre tive animais de estimação quando criança, então nós procuramos uma raça que se adapta ao apartamento e meu marido gosta muito de animais também”, comenta a nova mãe. 
Segundo Samara, o Bob, como se chama o seu lhasa apso, exige atenção, mas o contato é maravilhoso. “O amor que eles passam é muito bom e hoje não me imagino mais sem ele”, declara. 
Para preparar Bob à chegada do bebê, Samara lavou a coberta do cão com o amaciante das roupas do neném. “Eu converso com ele e pego no colo, mostro as roupinhas, na tentativa de deixá-lo mais familiarizado, e também o deixo entrar no quartinho. Conheço casais com crianças e não precisaram se desfazer do seu animal de estimação. Não vejo o cão como um risco, claro que é preciso ter alguns cuidados, mas acho que só soma à convivência”, enfatiza. 

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