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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Hipotireoidismo reduz qualidade de vida do cão

 

Kerolin Vicari, dona de Leona, descobriu recentemente a doença na
cachorrinha, que tomará remédio durante toda a vida. 

 

O hipotireoidismo é uma doença autoimune, conhecida por acometer humanos, mas também é muito comum nos cães. Assim como nas pessoas, a glândula tireoide fica no pescoço e é responsável pela produção de hormônios. A doença se manifesta normalmente em animais adultos ou de meia idade, raramente em jovens. 
O hipotireoidismo é uma disfunção na produção do hormônio da tireoide. O problema é classificado como primário ou secundário. 

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O primário é causado quando as células de defesa do animal atacam as células da tireoide ou também pode ser desenvolvido por um trauma, por exemplo, em uma briga em que o cão é mordido no pescoço e compromete a glândula. O hipotireoidismo secundário é mais raro, quando ocorre a destruição da hipófise, o que diminui a produção do hormônio TSH, responsável por estimular os hormônios da tireoide. 

No início da doença, às vezes os sinais passam despercebidos, porque o hormônio da tireoide atua no metabolismo celular de todos os tecidos do corpo do animal. O médico veterinário Ronivan Gobbi, da Clinicão de Francisco Beltrão, esclarece que a evolução da doença é lenta e só se percebe as perdas progressivamente. “A doença pode atingir vários sistemas do organismo do animal, desencadeando diversos problemas, que podem aparecer juntamente ou não”, comenta Roni. 

A cachorrinha Leona tem feito reposição hormonal para tratar o hipotireoidismo. A dona, Kerolin Vicari, percebeu que Leona estava ganhando muito peso, mesmo comendo ração light. “A princípio, pensei que o sobrepeso fosse por causa da castração, mas ela engordou em pouco tempo, então decidi levar no médico e o resultado foi o problema na tireoide. Agora é cuidado para toda a vida”, resume Kerolin. 
Sintomas

Ronivan Gobbi informa que, de maneira geral, os primeiros sintomas são metabólicos. O organismo do animal começa a funcionar de forma mais lenta, o cão fica com temperatura mais baixa e fica mais sensível ao frio. “O dono pode perceber que o animal não se exercita mais e, consequentemente, fica com mais peso. O cão pode ter reflexos cardíacos vasculares, com batimentos cardíacos mais lentos, a força de contração do coração fica mais fraca, assim como o pulso”, alerta o doutor. 

Se não tratado, o quadro do animal pode evoluir para uma deficiência cardíaca. Porém, também há sintomas neuromusculares, os quais deixam o cão mais sonolento e ele começa a andar muito pouco. “Ele pode desenvolver anemia, colesterol alto, triglicerídeo alto, baixa taxa metabólica e, consequentemente, ele vai acumulando gordura”, ressalta dr. Roni. 

 

Médico veterinário Ronivan Gobbi, da Clinicão,
esclarece que a evolução da doença é lenta e
precisa de acompanhamento. 

 

Mudanças na pele e pelo
No cão com hipotireoidismo é possível perceber alterações significativas na pele e no pelo. Os pelos ficam mais ásperos e acontecem perdas acentuadas nas laterais da barriga e de forma simétrica. A pele do animal tende a ficar mais espessa, pode haver seborreia e hiperpigmentação. 

Tratamento eficaz
O diagnóstico é feito através da avaliação dos sintomas e exames laboratoriais. “O tratamento é relativamente simples, feito com reposição hormonal, e os cães respondem muito bem a ele. É importante o acompanhamento para casos em que é preciso reajustar as doses de hormônio. Com isso, o animal volta ter qualidade de vida, mas os cuidados são para a vida toda”, ressalta dr. Roni. 

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