Um mergulho histórico e cultural. É como se pode definir a sensação de andar por Salvador (BA). Cada canto da cidade conta um pedaço da história do Brasil em seus primórdios. Viajar no início da baixa temporada permite observar com tranquilidade muitos aspectos da cultura baiana.
A receptividade é um deles. Você, com certeza, se sentirá entre amigos e haverá sempre alguém disposto a dar a informação necessária ou então bater um papo. Se seu roteiro permitir, é estas pessoas que deve procurar. Elas estão nas ruas, no comércio, na barraca do acarajé, dirigindo um táxi, enfim, basta olhar pro lado e gostar de ouvir boas histórias. É assim que você vai realmente conhecer o coração de Salvador.
A culinária não é famosa por acaso. Na Bahia se come muito, em quantidade e qualidade. Os sabores são marcantes. Acarajé, vatapá, pimenta, feijão tropeiro, peixes, mais pimenta, feijão fradinho, um pouquinho de dendê, abará, frutos do mar fresquinhos, pirão e farinha, essa nunca pode faltar. De sobremesa, frutas exóticas como cajá, umbu e mangaba.
Difícil escolher por onde começar a visitar os pontos turísticos desta que foi a primeira capital do Brasil. No coração de Salvador, o Pelourinho é parada obrigatória. São tantas ladeiras, largos e praças recheados de história que é impossível não refletir sobre tudo o que se passou por aqueles caminhos. O colorido dos prédios antigos é um alento para compensar a carga histórica das ruas de pedras que foram pisadas por escravos no início da colonização brasileira. As igrejas parecem se multiplicar. Hoje, são mais de 370 espalhadas pela cidade, e cada uma com sua peculiaridade e belíssima arquitetura. Junto aos santos estão os orixás. Numa prática que parece consistir em estar bem consigo e com os outros, o sincretismo religioso é outra grande marca de Salvador.
De que cor é o mar? Você não vai encontrar uma resposta única para essa pergunta. Da eternizada praia de Itapuã à praia do Porto da Barra, os tons de azul e verde encantam os olhos. A maré forma piscinas naturais entre as pedras, onde a água fica transparente. No fim da tarde, toda a orla fica dourada ao pôr do sol.
