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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Inadimplência de empresas cresce 7%

Aumento das contas em atraso é menor no Sul do país, mas preocupa associações comerciais da região.

 

O número de empresas endividadas cresceu e a economia está encolhendo.

Abril de 2015 marcou uma nova alta preocupante no número de empresas com dívidas atrasadas por todo o país. Segundo o indicador levantado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o mês passado apresentou a marca de 7,46% empresas inadimplentes a mais do que em abril de 2014.

Segundo os economistas do SPC Brasil, o dado demonstra que nos últimos meses os empresários brasileiros passaram a enfrentar um cenário mais adverso para pagamento de dívidas. A economista-chefe, Marcela Kawauti, comenta que esse resultado está relacionado à conjuntura econômica, com baixo crescimento, quedas da produção industrial, além de inflação e juros em patamares elevados. 
Nesse cenário, o Sul é a região do país que menos apresenta inadimplência. Enquanto o Sudeste aumentou 7,73%, o Nordeste 7,30%, o Centro-Oeste 4,11% e o Norte 3,88%, a região Sul, que contempla Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, registrou um aumento de empresas inadimplentes de 2,79%.

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Marcos Guerra, da Acefb, acredita
que a alta da inadimplência é causada pelo aumento
nos impostos e pela queda no faturamento.

Mas mesmo esse aumento, pequeno em relação às outras regiões, demonstra um momento difícil da economia. É o que destaca o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Francisco Beltrão (Acefb), Marcos Guerra. Segundo ele, o dado é preocupante e reflete o preço extrapolado dos impostos e a queda do faturamento. “O pessoal teve gastos grandes no começo do ano, com um IPVA mais caro, um aumento na energia elétrica e outros aumentos que não estavam previstos no orçamento. Enquanto isso, a receita continuou a mesma ou diminuiu. Aí acabou gerando inadimplência”, analisa.
Paulo Pilati, presidente da Associação Comercial e Industrial de Marmeleiro (Acimar), conta que a crise ainda não afetou tanto o município, mas que as previsões não são boas. “Como Marmeleiro é mais agrícola e este ano foi bem produtivo, nós não sentimos tanto, mas esse corte de repasses no país e no Estado já está complicando outros municípios e vai dificultar a situação aqui também. Estamos com um pouco de receio”, comenta.

Setor que se endividou mais em abril é o de serviços
Todos os ramos da economia apresentaram crescimento no número de empresas inadimplentes nesse abril, mas, de acordo com os dados do SPC Brasil, o setor de serviços, composto principalmente por bancos e financeiras, apresentou uma alta de 11,83% de crescimento de empresas endividadas, em comparação com abril do ano passado.
O setor de indústrias ocupa a segunda posição no aumento, com uma alta de 8,36%, seguido pelos comerciantes, com 6,72%, e empresas da agricultura, que subiu 6,52%.
Mas, apesar de ser apenas o terceiro em crescimento no índice, o setor do comércio é o que mais possui empresas inadimplentes – 49,48% do total das empresas que possuem dívidas atrasadas estão nesse setor. *Com informações do SPC Brasil.

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