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Francisco Beltrão
terça-feira, 27 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

Indústria criou 47% dos empregos do Paraná

Setor de alimentos foi o campeão de empregabilidade, gerando mais de 12.300 novos postos, seguido pelo setor da madeira e moveleiro

Mais de 12 mil trabalhadores foram admitidos em 2020 no setor alimentício do estado.

A indústria foi o setor que mais criou empregos formais no Paraná em 2020. Foram 24.799 novos postos de trabalho no ano. No total, o estado contratou 52.670 trabalhadores, segundo dados divulgados ontem pelo Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).

O Paraná foi o segundo estado a gerar mais empregos no Brasil, ficando atrás apenas de Santa Catarina, que somou 53.050 admissões em 2020. O Brasil fechou o ano com saldo positivo de 142.690 novos empregos formais.

São Paulo e Rio de Janeiro encerraram o ano com saldo negativo, de -1.159 e -127.155 postos de trabalhos fechados, respectivamente.Essa tendência de recuperação do impacto sofrido pelo setor industrial no início da pandemia, quando várias empresas paralisaram suas atividades e demitiram funcionários, já vinha se confirmando nos últimos meses, principalmente a partir do meio do ano passado, com a indústria puxando o crescimento da empregabilidade no Estado.

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O setor da construção civil foi o segundo maior empregador em 2020, com 16.657 novas contratações, seguido por comércio (7.169); agropecuário (2.180); e serviços (1.865).“A pandemia, em um primeiro momento, afetou todos os setores da economia com a redução dos negócios e criação de expectativas negativas, mas a indústria do Paraná conseguiu reverter essa tendência”, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Carlos Valter Martins Pedro.

“Um dos fatores mais relevantes nesse contexto foi justamente a recuperação dos empregos que foram perdidos logo após o início da pandemia, com a indústria paranaense conseguindo fechar o ano com um saldo bastante positivo”, completa o presidente da Fiep.

Alimentos é o setor que mais contratouO setor de alimentos foi disparado o que mais contratou. Foram 12.312 trabalhadores admitidos entre janeiro e dezembro do ano passado. Segmentos da madeira e de móveis também desempenharam bem, com criação de 2.678 e 2.619 novas vagas, respectivamente, seguidos por produtos de metal (2.050) e fabricação e máquinas e equipamentos (1.730).

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Dos 24 setores industriais analisados, apenas cinco ficaram negativos. Os que mais demitiram trabalhadores foram o de confecções e artigos do vestuário (-4.034); automotivo (-1.813); gráfico (-230); derivados do petróleo (-154); e bebidas (-99).

Em Beltrão também a liderança foi da indústriaEm Francisco Beltrão, que é polo no setor de indústrias de alimentos, também houve mais contratações. As indústrias BRF (frangos) e Concen (lácteos) acabaram contratando muitos trabalhadores para o setor produtivo. 

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“O de confecções ainda tem o movimento sazonal, que contrata trabalhadores temporários até meados de outubro para atender à demanda de aumento de vendas no comércio no fim do ano, mas faz dispensas em dezembro. Já o setor automotivo teve influência da queda nas vendas no início da pandemia, com o fechamento das atividades em todo o mundo. Por se tratar de um produto de alto valor agregado, a queda no consumo acaba levando também à redução de produção e ao fechamento de postos de trabalho nas montadoras”, avalia Evânio Felippe, economista da Fiep.

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