Interdito proibitório foi assinado na quarta-feira. Agricultores continuam acampados na quinta.
Na tarde de quarta-feira, 26, a juíza da comarca de Capanema, Roseana Assumpção, assinou documento de interdito proibitório quanto à ocupação na entrada do canteiro de obras da Usina Baixo Iguaçu. O interdito proibitório é uma ação preventiva em caso de ameaça de invasão em uma propriedade (de acordo com informação do Conselho Nacional de Justiça).
A partir disso, a ocupação torna-se oficialmente ilegal e, segundo informações da Rádio Interativa 104.9FM, de Capitão Leônidas Marques, já estão sendo requisitados reforços à Polícia Militar, através da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná, afim de cumprir a ordem de retirada dos agricultores do local. Até a tarde de quinta, a informação é de que os agricultores ainda estavam no local.
Ainda de acordo com a rádio, presente no local, a decisão da juíza afirma que o Poder Judiciário acredita na solução pacífica entre as partes envolvidas no empreendimento. Os agricultores estão acampados no local desde terça-feira, 18, por causa de impasse sobre as indenizações pelas terras que serão inundadas na formação do reservatório da usina.
Em setembro houve outra ocupação no mesmo local, pelo mesmo motivo. Na ocasião, os agricultores foram retirados pela polícia militar, que utilizou-se da tropa de choque, de forma que a ocupação terminou com presos e feridos.
Polícia não tem previsão para desocupação
O Jornal de Beltrão entrou em contato com a Polícia Militar de Ampere no fim da tarde de quinta-feira. Segundo os oficiais, ainda não existe previsão para executar a ordem de desocupação. Por ora, é necessário aguardar ordens superiores que ainda não chegaram. Serão definidos ainda data e horário mais adequados para a ação.
