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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Laticínio Alto Alegre completa duas décadas e quer continuar crescendo

Geral

Indústria no interior do Verê é referência na fabricação de queijos.

Em 20 anos de atividades, o Laticínio Alto Alegre, do município de Verê, se tornou referência em transformação do leite – uma das principais matérias-primas da região Sudoeste – em produtos com valor agregado. A indústria conquistou mercado nos principais estados do Brasil pela qualidade e preço competitivo. O início do processo produtivo ocorreu em 9 de abril de 2001, com 713 litros de leite/dia e apenas quatro funcionários, membros das famílias associadas.

Os itens produzidos naquela época eram queijo mussarela, queijo parmesão, trançados temperados e ricota. Atualmente, a empresa processa entre 150 mil e 200 mil litros de leite/dia, gera um total de 160 empregos diretos e tem um mix com mais de 25 produtos diferentes, vendidos no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O Laticínio Alto Alegre é um empreendimento formado por 16 sócios da comunidade local.

Segundo Lino Zeni, administrador da empresa, ao longo das duas décadas as principais conquistas foram a consolidação dos produtos no mercado e a busca pelo aumento constante da unidade fabril com inspeção federal SIF (Sistema de Inspeção Federal). Para os próximos anos, o laticínio pretende continuar aumentando seu volume de fabricação com novos produtos e valor agregado ainda maior. 

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Influência do Pacto Nova Itália
Um dos projetos da região que teve forte influência na consolidação do Laticínio Alto Alegre foi o Pacto Nova Itália. “Serviu pra incentivar a ideia de que o Sudoeste do Paraná deveria industrializar seus produtos em vez de comercializar de forma in natura.” Em 1996, devido à crise econômica da região Sudoeste, um grupo de prefeitos resolveu buscar, na região de Emilia-Romana (Itália), informações que poderiam proporcionar um caminho alternativo para a economia local, pois em ambas as regiões o processo produtivo se dava por pequenas cooperativas familiares. 

Após a visita, com a representação da Amsop (Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná), implementou-se o Programa Pacto Nova Itália, que propôs mudanças no modelo produtivo agrícola, já ultrapassado. O objetivo do programa visava agregar valor aos produtos, pela transformação da matéria-prima produzida na região. Lino também recorda do apoio inicial para implantação da agroindústria que se deu através do programa Fábrica do Agricultor, do Governo do Paraná, Emater, Prefeitura de Verê e de financiamentos em nome dos associados.

Produtos de qualidade
De acordo com Lino, os produtos Alto Alegre se destacam no mercado devido à qualidade e também pela força de venda, através de bons distribuidores e mercados. O que preocupa momentaneamente é a queda na produção de leite nos últimos 12 meses, em aproximadamente 20%, resultado da estiagem que castiga a região desde o ano passado. As indústrias da região estão com parte de sua capacidade ociosa. “Muitos produtores desistiram da atividade, por não ter sucessão familiar e também pelo alto custo de produção em função dos preços da soja e milho”, ressalta Zeni.

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