Ele chegou ao Sudoeste com 4 anos, em 1942, se instalando em Pato Branco. Depois, foi viver com a família em Cruzeiro do Iguaçu, em 1972.

Laurindo Bertoldo nasceu no dia 16 de novembro de 1938, em Lagoa Vermelha (RS). Em 1942, a família se mudou para Pato Branco, onde ele pode acompanhar o nascimento da cidade. Já em 1972, veio nova mudança: para Cruzeiro do Iguaçu.
Ali, já casado com Lurdes Zanco Bertoldo, desde 1960, e com seus oito filhos (Leocir, Ivo, Bernadete, Sergio (in memoria), Fátima, Carme, Cleonice e Clarinda), ele iniciou nova fase da sua vida. No começo, a sociedade com os irmãos Leonildo, Nelson e Gentil era para comercialização de cereais. Depois, a família se dedicou à madeireira e pecuária. “A gente veio trabalhar com compra e venda de cereais, não deu certo. Aí mudamos para serraria. No dia em que o vendaval derrubou a Igreja, em 1973, foi a inauguração da serraria. De lá, vimos o vento desmontar a Igreja. Ficou só o sacrário de pé. Era um dia de tempo bom, veio uma ventania e arrancou tudo”, lembra Laurindo.
Ele lembrou o começo da história da família em Cruzeiro do Iguaçu. “Veio o Atílio, que era o mais velho e trabalhava com a lavoura. Aí veio o Leonildo, o Nelson e o Gentil. Eles colocaram na cabeça para vir, conversaram e vieram todos para cá. Eu fiquei por último para cuidar do resto de morada que tinha em Pato Branco. Aqui, a serraria funcionou bem. Depois começamos a comprar uns terreninhos e fomos para a pecuária. Começamos a trabalhar com moinho, compramos mais terra. Não é como hoje que se trata o gado com silagem, era só pastagem. Chegamos a ter 140, 150 cabeça de gado”, completa o pioneiro.
Emancipação
Laurindo foi peça importante para a construção da nova Igreja no município e também foi zelador do Santuário de Nossa Senhora da Saúde, por 17 anos. Muito amigo do monsenhor Eduardo Rodrigues Machado, ele também participou do plebiscito de emancipação do município. “O monsenhor puxou tudo, reuniu os companheiros e foi acontecendo. O pouco que eu podia fazer, ajudava. Fui zelador do santuário por 17 anos, ajudei a construir lá. O monsenhor batalhou bastante, ganhou o terreno da Camdul e construíram o santuário. Eu sempre tava envolvido. Analfabeto, mas tocava de enfrentar. Eu ia buscar as ofertas no interior. Pegava a camionete e ia visitar o pessoal. O monsenhor tinha jeito pra isso, ele era muito bom. Na construção da igreja, participei da diretoria também. Agora, por último, minha neta foi engenheira e arquiteta da ampliação da Igreja, a Elizeli Bertoldo Dal Cielo. Já tivemos outros netos também no conselho, os filhos fizeram parte também. Todos os filhos passaram pelo conselho”, conclui.
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