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Francisco Beltrão
quarta-feira, 04 de junho de 2025

Edição 8.218

04/06/2025

Leishmaniose também é doença de cachorro

Ela não tem cura e o tratamento é para controle da doença.

Nathália Behne Branco, Paula Sá e Pâmela Lucini, médicas veterinárias da Zoovet, alertam sobre a leishmaniose.

Na foto, elas estão com a mascote Lili.

Foto: Arquivo pessoal

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“A dica de fim de ano é para todos que pretendem viajar principalmente para regiões litorâneas e levar seus bichinhos: cuidado com a leishmaniose, entre em contato com seu veterinário e se informe sobre as formas de prevenção da doença”, alerta Nathália Behne Branco, da Zoovet. As médicas veterinárias Nathália, Pâmela Lucini e Paula Sá, da Zoovet, esclarecem a doença. 

JdeB – O que é a leishmaniose?

Nathália Behne Branco: É uma zoonose causada por um protozoário e pode se apresentar na forma visceral ou cutânea. É uma doença grave, que afeta principalmente cães, e pode levar meses ou anos para se manifestar após a transmissão.

Quais os sintomas?

Pâmela Lucini: Pode se manifestar de diversas formas. As mais comuns são crescimento exagerado das unhas, perda de peso, pelagem opaca, falta de apetite, lesões de pele (focinho, ao redor dos olhos, orelhas, cauda ), apatia, inchaço dos gânglios, diarreias e vômitos persistentes. 

Como é transmitida?

Paula Sá: A transmissão se dá através da picada do mosquito-palha infectado. Algumas pessoas ainda acreditam que o cão pode transmitir a doença diretamente para o humano, mas isso é um mito. Mordidas, lambidas, arranhões e contato físico não passam leishmaniose de cães infectados para humanos. É necessário o inseto, para que possa haver a transmissão e transformação do parasita. Como é feito o diagnóstico?Nathália: O método mais seguro é a realização de uma sorologia que vai se basear na detecção de anticorpos contra a doença. Essa sorologia é feita através de uma amostra de sangue do animal.

Qual o tratamento?

Pâmela: Essa doença não tem cura. Atualmente, o tratamento é para controle da doença e consiste em usar um medicamento específico para diminuir a carga parasitária no cão, deixando este de ser um hospedeiro ativo da doença, consequentemente diminuindo também os sinais clínicos do animal. Além disso, o tutor tem como obrigação fazer exames de controle da doença no animal, para saber se o medicamento está fazendo efeito. Também deve-se fazer um tratamento de suporte no animal.

É possível prevenir?

Paula: Sim.  Fazendo uso de repelentes veterinário no animal, não deixar acúmulo de matéria orgânica (em decomposição principalmente) no quintal, pois é muito atrativo para o mosquito. Em regiões endêmicas: litorâneas ou de clima bem quente, por exemplo Foz do Iguaçu, os tutores são orientados a não deixarem seus cães das 18h às 6 horas para fora de casa, por ser um período de maior atividade do mosquito. Atualmente, tem também vacina como meio de prevenção, no entanto, o uso associado do repelente é extremamente indicado.

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