19.9 C
Francisco Beltrão
terça-feira, 17 de junho de 2025

Edição 8.228

18/06/2025

Lideranças do Paraná expõem preocupação com a safra de milho

Geral

A preocupação em assegurar o abastecimento do milho em condições adequadas e a proteção dos agricultores por meio do seguro rural levou a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) a solicitar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em caráter excepcional, a prorrogação de dez dias nos períodos de semeadura do milho segunda safra estabelecidos no Zoneamento de Risco Climático (Zarc) para o Paraná.

O assunto foi debatido com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, quarta-feira, 3, por meio de videoconferência.

[relacionadas]
A reunião com a ministra contou com a presença do presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, do secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, do assessor especial da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Carlos Augusto Albuquerque, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Irineo Rodrigues.

- Publicidade -

O encontro teve ainda a participação de lideranças de entidades que atuam em âmbito nacional, como o Sistema OCB, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) e da Embrapa.

Segundo Robson Mafioletti, da Ocepar, em vários municípios, o prazo de cultivo do milho safrinha venceu em 28 de fevereiro pelo calendário estabelecido no Zarc. Em regiões com produção expressiva do cereal, como Oeste e Noroeste, as lavouras devem ser plantadas em março. Porém, os agricultores estão com dificuldade de realizar a semeadura devido às condições climáticas desfavoráveis, para o cultivo do milho da segunda safra na época prevista no Zarc.

Essa situação pode resultar na diminuição da produção e trazer, inclusive, sérios impactos a todo o agronegócio, podendo desabastecer o mercado de frangos, peixes, leite e suínos.
“Esses dez dias adicionais que estamos solicitando excepcionalmente vão permitir que os produtores possam cultivar o milho safrinha dentro do prazo do zoneamento e ter a cobertura do seguro agrícola e do Proagro.

Essa prorrogação é necessária pois houve um atraso no início do plantio da soja por causa da estiagem, em setembro e outubro, e agora estão ocorrendo problemas na colheita pelo excesso de chuvas em algumas regiões. Isso acaba interferindo no cultivo do milho segunda safra, que vem na sequência. Normalmente, nesta época do ano, é comum o registro de cerca de 70% das lavouras plantadas até o início de março, e, neste momento, apenas 28% da área de milho segunda safra está semeada no Estado, de acordo com a Seab/Deral”, destaca Ricken, da Ocepar.

Quarta-feira, 3, ao participar de uma live do Portal Sou Agro, Norberto Ortigara, falou sobre a conversa que as lideranças do setor produtivo tiveram com a ministra Tereza Cristina. De acordo com Ortigara, o Brasil e o Paraná “são muito dependentes da segunda safra”. O consumo é crescente e as cadeias produtivas precisam muito desse insumo (milho), para atender a produção de suínos, frango, peixe e o rebanho leiteiro.

A previsão é de exportação de 35 milhões de toneladas de milho do Brasil. Porém, se a produção for menor, poderá influenciar nos preços e demandas internas e haverá necessidade de ajustes nas cadeias produtivas.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques