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A comunidade indígena do Sudoeste realizou um protesto ontem em frente ao Núcleo Regional de Educação de Pato Branco. Segundo a liderança indígena, o movimento é contra a terceirização dos trabalhadores da área de zeladoria e administrativa das escolas. Entendem que é uma ação do governo que vai desmontar toda a rede pública de ensino em busca de números que promovam o governo, ao invés de qualidade no processo de aprendizagem.
Atualmente mais de 20 mil professores da rede pública estadual trabalham pelo regime previsto no Processo Seletivo Simplificado (PSS). Apesar de não ser o ideal, é melhor que a terceirização. Segundo os diretores das escolas, o sistema terceirizado trará grandes prejuízos às escolas. Segundo o líder da reserva de Clevelândia, cacique Miguel, o secretário estadual Renato Feder (Educação) quer encerrar os contratos PSS no dia 30 de abril com o início da nova fase em 3 de maio.
“A gente quer a prorrogação dos contratos até dezembro, pela revogação da lei da terceirização e por concurso público, até que o assunto seja alvo de debate com a comunidade escolar”, afirmou o cacique Miguel.
A APP-Sindicato divulgou nota afirmando que haverá demissão massiva de funcionários PSS, da educação pública, ao todo, 9.700 educadores. A terceirização foi aprovada através da Lei 20199/20, que extingue o cargo de Agente Educacional I e II, e autoriza a contratação de empresas para fazer o serviço que hoje é realizado pelos funcionários de escola.
A coordenação do Núcleo Regional de Educação em Pato Branco disse não estar autorizada a comentar o assunto. As lideranças afirmaram que, caso o governo do Estado não reverta a situação, irão acampar no pátio do Núcleo de Educação em Pato Branco por tempo indeterminado.