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A história dos 60 Anos de Ampere será contada em livro escrito por Inácio Reichert, diretor-administrativo da Faculdade de Ampere – Famper –, historiador e professor. O livro retrata fatos marcantes desde a emancipação do município em 1961, até os tempos atuais. O lançamento está previsto para o primeiro semestre de 2022. “É um relato das ações adotadas no passado. Será retratado o passo a passo para chegar ao desenvolvimento que estamos vivenciando hoje.”
Inácio chegou em Ampere em 1971, ainda solteiro, para trabalhar como professor. A intenção era ficar por dois ou três anos na cidade e depois voltar para Francisco Beltrão onde moravam seus familiares. Nesse meio tempo, ele casou com a também professora Teresinha dos Santos Reichert e, como ele diz, os planos mudaram. Inácio é graduado nos cursos de Letras Português e Inglês, Filosofia, Sociologia e Psicologia, especialista em Gestão, mestre em Mídias e Conhecimento e doutorado parcial em História. Em 2018, lançou o livro “Ampere – Desbravamento e Pioneirismo 1946/1961”.
A obra conta a história do desbravamento de Ampere, antes da emancipação político-administrativa com registros de 111 famílias que contaram fatos e histórias da época. A intenção desse primeiro título foi, segundo o escritor, mostrar a coragem que as pessoas tiveram para colonizar a região. “Eles foram aguerridos. Enfrentaram muitas dificuldades em meio à mata. Nossa região estava começando a receber os primeiros moradores, especialmente agricultores vindos do Rio Grande do Sul, e as adversidades eram inúmeras. O acesso a tudo era complicado, mas temos que enaltecer a coragem e bravura desses pioneiros”, reconhece Inácio.
Nome de Ampere
Até hoje não se sabe ao certo de onde vem o nome Ampere. Porém, o professor Inácio tem a tese, que pode ser comprovada com documento, de que o município foi batizado com esse nome em virtude de um rio que passa pela localidade e consta em mapa, denominado Ampere. No primeiro livro isso já é defendido e apresentado em um mapa feito pelo Governo dos Estados Unidos, Grover Cleveland, em 1887, onde mostra o referido rio. “Consegui esse documento importante com uma fonte altamente confiável, que faz parte do processo que definiu o território hoje ocupado pelo Sudoeste paranaense como pertencente ao Brasil. A Argentina contestava reclamando como área de direito seu e dessa forma o governo americano, na condição de árbitro da questão, realizou estudos da região, do qual o referido mapa faz parte. Essa é a tese mais coerente sobre o nome de nosso município.”
Novo Livro
O novo livro, que ainda não tem nome definido, contará muitos fatos de famílias pioneiras, de empreendedores e trabalhadores; também faz um apanhado das gestões dos poderes constituídos. “Cada família, cada empreendedor e trabalhador, cada prefeito e vereador deu sua parcela de contribuição em prol de Ampere. Neste novo livro que estou escrevendo, vou falar das conquistas que deixaram marcas até os tempos atuais, abordando fatos nos diversos setores da sociedade, como educação, saúde, agricultura, indústria, esporte, vida social, entre outros aspectos que fazem parte desses 60 anos da história de Ampere”, relata Inácio.