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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

Luto: “Se as lágrimas surgirem, deixa elas rolarem”

Geral

Piscóloga tanóloga Jussane Alexandre Risczik.

Segundo Jussane Alexandre Risczik, psicóloga e tanatóloga, a dica para passar pelas datas comemorativas sem a presença dos entes queridos é recorrer a memórias e aprendizados vividos com a pessoa que morreu. Alguns exemplos: Fazer a comida que ela gostava, ver fotos, contar fatos engraçados sobre ela, lembrar dos seus ensinamentos. “E se as lágrimas surgirem, deixa elas rolarem, pois, elas falam de amor. E no final de tudo isso agradeça. Agradeça por ter tido essa pessoa em sua vida.”

As mortes em acidentes de trânsito geralmente são inesperadas, súbitas, quem parte não tem tempo de se despedir. “A dor é imensa. Como assim morreu? Eu nem pude me despedir. Diante desse tipo de morte surgem tantos questionamentos, tantas reações, tanta impotência. Aqui seria muito forte a vivência do estágio do luto que Elisabeth Kübler-Ross chamou da fase da raiva ou da ira. Talvez a principal pergunta seja: Por quê? Cada pessoa vive de uma forma, a dor é única para cada um, por isso só ela sabe o tamanho do impacto causado.”

A psicóloga ressalta que é muito importante entender que o luto é um processo natural diante de uma perda muito significativa. É um processo de reorganização, ressignificação da vida sem aquela pessoa que partiu. “O luto é único. Cada dor é única. Ele vai levar o tempo que for necessário. Então, não posso determinar uma data para finalizar, eu seria muito injusta com a pessoa que vive a dor dessa ausência.

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Como diz Parkes: ‘O luto é o preço do amor’. Portanto, o luto é o preço que pagamos por ter amado.”

Jussane relata que são inúmeros os sentimentos vivenciados nesta fase e todos são muito importantes para a elaboração da perda. “Cito alguns como a tristeza, medo, insegurança, inveja, saudade, gratidão, revolta, abandono. Precisamos olhar nos olhos deles e acolher, porque assim estou acolhendo a mim mesmo. A família deve acolher e ser acolhida, um dá força para o outro, e cada membro deve valorizar a dor do outro.” Se for necessário, a busca por ajuda especializada também é válida.

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