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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Maio Laranja: Criança não deve ser pressionada a beijar ou abraçar

Geral

O combate ao abuso sexual infantil deve começar em casa, uma vez que na maioria dos casos os agressores são familiares ou pessoas próximas à família, mas os cuidados se estendem para todas as esferas de convivência. “A gente precisa respeitar o corpo da criança, não dando beijo forçado, não fazer sentar no colo, dar abraço forçado. Assim, ela percebe que tem voz ao próprio corpo. É um direito negar o contato, se não quer ser abraçada, não ser beijada, não sentar no colo”, destaca Natielle Santos, psicóloga Infantil, educadora parental pela Positive Discipline Association (EUA) e facilitadora do programa educação emocional positiva. Desta forma, a criança cresce entendendo que ela manda no seu corpo e que pode e deve dizer não. “Ela precisa perceber que é na sua família onde está protegida, que pode confiar e não ter pacto de silêncio com terceiros; formar uma relação de confiança. É preciso ouvir a criança sem julgar e demonstrar apoio. Você precisa acolher.”

Atenção para mudança de comportamento
As crianças dão alguns indícios de que pode estar acontecendo algo suspeito, por isso é importante estar atento à mudança no comportamento habitual, como alteração no sono, tristeza, desinteresse, crise de choro, descuido consigo mesma, retrocessos, queda no desempenho escolar, dificuldade em manter a atenção e demonstrar interesse em brincadeiras ou questões sexuais. De acordo com Natielle, também é interessante os pais observarem se a criança vem apresentando vestígio em seu corpo, na região íntima, como vermelhidão. “Nós pais precisamos conversar com nossos filhos sobre as regiões íntimas do nosso corpo, sobre as quais ninguém pode tocar, e estabelecer um bom vínculo de confiança. Essa é a melhor solução, pra que a criança saiba que pode contar com a gente, quando algo estiver errado.” Outros sinais que podem ser considerados são irritação excessiva, baixo rendimento escolar, medo excessivo, isolamento social e, em casos mais graves, automutilação.

A psicóloga infantil Natielle Santos destaca que é preciso estar atento à mudança no comportamento habitual.

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Foto: Leandra Francischett/JdeB

 

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