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Francisco Beltrão
segunda-feira, 26 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Mais da metade dos brasileiros tem internet; pobres seguem sendo os menos conectados

Todos os grupamentos ocupacionais também registraram uma proporção maior de pessoas com acesso à rede em relação a 2013.

 

Computador, um dos meios de acesso à internet: no grupo com 15 anos ou mais de estudo a conectividade chegou a 92% dos indivíduos.

 

 O acesso à internet alcançou pela primeira vez mais da metade da população do País em 2014: 95,4 milhões de brasileiros com 10 ou mais anos de idade navegaram na rede em 2014. Mas o avanço ainda foi insuficiente para eliminar as diferenças de acesso entre as faixas de renda. Os pobres permanecem menos conectados.
Os dados são do Suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgados pelo IBGE.
O acesso à internet aumenta conforme a faixa de renda do cidadão. Entre os que possuem renda domiciliar mensal per capita de até ¼ de salário mínimo, apenas 29% têm acesso à rede. Embora tenha avançado 5 pontos porcentuais no período de apenas um ano, quando apenas 24% desse contingente acessava a rede, o porcentual ainda é muito inferior ao total de pessoas que acessam a internet na faixa com renda superior a dez salários mínimos: 91,5%.
Em 2014, 54,5% da população com 10 anos ou mais de idade utilizaram a internet pelo menos uma vez nos 90 dias que antecederam a entrevista para a pesquisa. O resultado representa um aumento de 5 pontos porcentuais em relação ao ano anterior
Segundo o IBGE, quanto mais jovem, maior o uso da internet. O pico ocorre no grupo de 15 a 17 anos, com 82% dessa população conectada, e vai declinando com o avanço da faixa etária. Na faixa mais avançada, com mais de 60 anos, apenas 15% dos indivíduos acessam a internet. No entanto, o País tem mais idosos conectados. Em 2013, apenas 12,5% deles navegavam na rede
“Os jovens utilizam mais a internet, mas o acesso cresceu em todos os grupos de idade”, ressaltou Helena Oliveira Monteiro, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.
O uso da internet mostrou ainda relação direta com escolarização, ocupação e tipo de profissão. Quanto mais escolarizado, maior o acesso à rede. No grupo com 15 anos ou mais de estudo: a conectividade chegou a 92% dos indivíduos. No grupo que possui até um ano apenas de estudo, somente 5% acessam a internet.
Em 2014, mais da metade (59%) das pessoas ocupadas usava a internet, enquanto essa proporção entre as não ocupadas era de 48%. Mas ambos os grupos tiveram aumento em relação a 2013: 5,4 e 4,3 pontos porcentuais, respectivamente.
Todos os grupamentos ocupacionais também registraram uma proporção maior de pessoas com acesso à rede em relação a 2013. Os membros das forças armadas e auxiliares registraram a maior proporção de pessoas que utilizavam a Internet (95%), seguidos pelos profissionais das ciências e das artes (93,5%), trabalhadores dos serviços administrativos (89%), técnicos de nível médio (87%) e dirigentes em geral (86%). Os únicos grupamentos com proporção de conectados inferior a 50% foram os trabalhadores dos serviços (49,5%) e os trabalhadores agrícolas (14%).
Os trabalhadores com menor alcance à internet foram os que estavam ocupados nas atividades Agrícola (com apenas 14,5% deles com acesso à rede), Serviços domésticos (35,5%) e Construção (42%). Apesar do resultado, os empregados dos Serviços domésticos tiveram o maior aumento em relação ao ano anterior, com expansão de 7,5 pontos porcentuais no total de conectados.

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