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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Margarete Camargo é testemunha da evolução da comunicação na região

Geral

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O ano era 1983, o programa estreava nas tardes da Rádio Celinauta com o sugestivo nome “Sala de Visitas”, a partir do convite de Frei Nelson Rabelo (in memorian). Margarete Camargo faria dupla com Maria Carvalho, para apresentar o programa que trazia uma proposta inovadora. Entrevistas, convidados no estúdio, atualidades, participações de repórter de rua, que era algo raro na época, até pelas limitações tecnológicas do rádio naquele tempo. “Frei Nelson, que fez meu casamento, amigo da família, em um determinado momento, em visita a nossa casa, fez o convite para gravar um piloto, e a ideia saiu do papel para tornar-se realidade nas tardes do rádio em Pato Branco.”

No início havia quadros como “As plantas que curam” e depois “Dicas da mulher”, que deram certo e ficaram muitos anos no ar. O programa “Sala de Visitas” ficou no ar por muitos anos também. “Era feito com muito carinho, com participação de personalidades da cidade e da região, mas em uma linguagem informal, bem agradável.” Margarete Camargo foi de fato a primeira locutora profissional com programa diário no rádio em Pato Branco. “Eram tempos de desafios, o repórter externo utilizava até o famoso “orelhão” para fazer uma participação da rua” (risos). Hoje as facilidades são muitas, com uma tecnologia avançada que permite uma interação ainda maior do meio rádio.

A Internet veio para ficar e os meios de comunicação tradicionais têm que se moldar para não perder espaço. Na visão de Margarete Camargo, as redes sociais trouxeram mudanças que vieram para ficar. No início imaginava-se que as redes sociais viriam para tirar espaços dos meios de comunicações convencionais. “Vejo que não, o rádio vai permanecer como um dos meios mais eficazes de comunicação, sem falar de sua credibilidade, o que não temos nas redes sociais, onde qualquer um pode sair dando uma de repórter.” Margarete acredita que o Sudoeste do Paraná tem grandes profissionais atuando no mercado, dando à comunicação regional qualidade e credibilidade. “Eu sempre escutei, de nosso mentor Frei Nelson, que o bom senso deve sempre prevalecer ao se construir uma notícia, o que muitas vezes não se observa no mercado, principalmente nas mídias eletrônicas.”

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Primeira âncora de televisão na região
Margarete Camargo não foi apenas pioneira como mulher na comunicação no rádio. Foi também a primeira âncora de telejornal no Sudoeste do Paraná, com a chegada da televisão à região. Apresentou durante anos os telejornais da Tv Sudoeste. Tempos de pioneirismo e superação para os profissionais do setor. “Transmissões externas eram raras e só chegaram anos depois da implantação da TV Sudoeste, os comerciais de televisão eram editados de forma quase artesanal, utilizando recursos gráficos como cartazes.”

Na visão de Margarete, hoje a tecnologia traz superações diárias, e uma transmissão externa para televisão pode ser feita através do próprio celular do repórter, o que deu agilidade à televisão, que também compete de forma direta com as redes sociais.
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