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“Quando o aparelho apita, o Bidu já sabe que a sessão terminou”, diz Maria Busatto, tutora do Bidu, um lhasa-apso de 5 anos, que perdeu os movimentos das patinhas traseiras e precisa fazer fisioterapia. O Menin Centro Veterinário é precursor na fisioterapia veterinária em Francisco Beltrão e, desde 2015, integra a franquia mundial “Mundo à parte”.
Dra. Diany Teles, médica veterinária com aprimoramento em ortopedia, acupuntura e fisioterapia veterinária, explica que o caso do Bidu dependia de cirurgia emergencial nas primeiras 48 horas, pois ele apresentava duas hérnias de disco. Como ele não passou pelo procedimento cirúrgico, agora está sendo submetido à fisioterapia para reabilitação. A sessão dura entre 1 hora e 1h30.
Dona Maria, sua tutora, destaca a importância do tratamento, tanto que Bidu já voltou a fazer as necessidades fisiológicas sozinho, embora ainda não esteja caminhando. Dra. Diany explica que a fisioterapia veterinária é uma especialidade da Medicina Veterinária que se utiliza de técnicas específicas para o tratamento e reabilitação. Cada animal passa por exame ortopédico e neurológico e, após avaliação, recebe o seu protocolo de tratamento, proporcionando assim avanços evidentes na recuperação.
É indicada em todas as enfermidades ortopédicas e neurológicas, como dor articular, doença do disco intervertebral, artrose, espondilose, disfunção cognitiva, fraturas, bem como no controle da obesidade e manutenção do condicionamento físico. A fisioterapia veterinária tem como objetivo prevenir doenças; acelerar o tempo de recuperação de lesões; promover o alívio da dor e o fortalecimento muscular e devolver a deambulação normal ao animal.

Chico voltou a caminhar
Outro exemplo é o cãozinho Chico, que chegou na clínica num plantão com paraparesia não ambulatória, que é quando o animal não se movimenta dos quatro membros. Durante o exame ortopédico e neurológico, ele sentia muita dor na região de cervical. Após alguns exames complementares, o diagnóstico fechado foi hérnia de disco cervical. Chico realizou algumas sessões de fisioterapia, acupuntura e ozonioterapia e evoluiu bem, voltando a caminhar já na segunda sessão.
Outro exemplo é Coca, um cãozinho de 3 anos, que tinha dores para caminhar; identificou-se no raio X que ele estava com início de artrite. Coca faz sessão de fisioterapia e no seu protocolo terapêutico além da acupuntura e ozônio, ele também utiliza alguns aparelhos e um deles é o magneto, que auxilia na redução de dor e inflamação e melhora a qualidade do líquido sinovial das articulações. Coca apresentou uma evolução muito rápida, está na sua quarta sessão e já poderá fazer exercícios para fortalecimento muscular, pois já não sente mais dor.
Outro exemplo é da cachorrinha Brahma, que está fazendo fisioterapia de um pós-operatório ortopédico; ela teve uma fratura no fêmur. Neste caso, a fisioterapia faz com que acelere a cicatrização óssea e o tempo de recuperação do animal, devolvendo a mobilidade do membro afetado mais rápido e auxiliando também no alívio da dor e inflamação. “A fisioterapia no pós-operatório imediato faz parte do nosso protocolo cirúrgico, para acelerar o processo de cicatrização tecidual, então todos os nossos pacientes cirúrgicos já recebem uma sessão antes de ir para casa”, comenta dr. Angelo Menin.
Ele ressalta que, há cerca de 15 anos, a expectativa de vida dos cães e gatos aumentou e, conforme a idade dos animais avança, eles desenvolvem enfermidades que não são comuns em animais jovens, como as doenças articulares degenerativas, disfunção cognitiva, entre outras. “A fisioterapia veterinária contribui não só para a qualidade de vida, mas também para tratar qualquer doença ortopédica ou neurológica que o seu pet possa ter.”