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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Mercado de trabalho em baixa

 

Perspectivas  de novos empregos no país não são boas.

Os sinais dados pelo mercado de trabalho são de geração de vagas mais fraca nos próximos meses, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar disso, a taxa de desemprego deve se manter em níveis historicamente baixos até o fim de 2014, diante das contratações temporárias na Copa do Mundo e nas eleições e principalmente da decisão de alguns brasileiros de não buscar emprego, engrossando a população inativa.

Em junho, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 0,3%, enquanto o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 4,5%, para o menor nível desde maio de 2009. “O maior ajuste no emprego será no ano que vem. Neste ano, a taxa de desemprego não deve aumentar tanto”, disse o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, Fernando de Holanda Barbosa Filho.
Em 2015, o quadro será de mudanças, com aumento no número de pessoas desempregadas. “Acho difícil controlar a inflação e fazer tudo o que é preciso sem gerar recessão no mercado de trabalho”, afirmou o economista. Ao mesmo tempo, o bolso dos consumidores não ficará ileso, e o mais provável é uma perda importante no poder de compra dos brasileiros. “É impossível ter ajuste no mercado de trabalho sem ter queda no rendimento real”, advertiu.

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Regiões metropolitanas 
Os resultados divulgados nesta sexta-feira, 11, pela FGV traduzem a menor geração de vagas, principalmente nas regiões metropolitanas, foco da desaceleração. O dado ainda retrata o pessimismo entre empresários, que têm desistido de reter mão de obra diante da falta de sinais de melhora na atividade.

Mesmo assim, os indicadores da FGV, cujo objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País, têm ido em direção oposta à taxa de desemprego oficial, calculada pelo IBGE. Em abril, por exemplo, o ICD subiu 2,8%, mas a taxa de desocupação recuou a 4,9%.

Previsões ainda do ano passado
“Desde abril de 2013, esperamos piora no mercado de trabalho, segundo dados do ICD. Mas o desemprego não aumenta porque a PEA [População Economicamente Ativa] está caindo”, comentou o pesquisador. “Parece que a estatística é boa. O desemprego não aumenta, o que é importante num ano eleitoral. Mas a situação no mercado de trabalho está mais complicada e não deve melhorar.”

A grande incógnita entre os analistas é quem está deixando o mercado de trabalho e por quê. Uma das hipóteses é que a própria deterioração no cenário desestimula a busca por emprego. Mas também podem estar contribuindo o maior acesso a estudos e o aumento da renda familiar, que reduz a disposição dos jovens em ofertar trabalho.

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