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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Meta de inflação em 2021 “foi pro espaço”

Geral

José Maria Ramos: inflação dificilmente ficará abaixo dos 8% em 2021.

José Maria Ramos, economista e professor da Unioeste em Francisco Beltrão, afirma que em janeiro desse ano o Boletim Focus do BC previa uma inflação de 3,34% para 2021, enquanto que o BC havia projetado uma meta de inflação de 3,75% para o período, com flutuação de 1,75% para mais ou para menos. Agora, o mesmo boletim prevê uma inflação de 8%. “Há de se ressaltar que a inflação medida pelo IPCA acumulada até agosto já é de 5,67%. Portanto, a meta do BC já foi para o espaço e dificilmente alcançará uma marca menor do que 8%”, acredita o economista.


Desvalorização do Real

De acordo com ele, o forte descompasso entre a meta de inflação estabelecida pelo BC e o observado até o momento, somada à projeção feita pelo mercado, sinaliza que as medidas tomadas pela equipe econômica do governo não foram satisfatórias para resguardar o poder de compra da moeda brasileira.

“A explicação para essa inflação, que está castigando o trabalhador assalariado, decorre em grande medida da alta nos preços dos alimentos, na alta dos combustíveis, na energia elétrica e na desvalorização do Real.” Ainda segundo ele, “considerando que partes desses problemas não serão resolvidos no curto prazo, a meta de inflação estabelecida pelo Banco Central para 2022, de 3,5%, já não é aceita pelo mercado, que já sinaliza para uma inflação de 4,03%”.

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Taxa de juros
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a Taxa Básica de Juros, Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), estabelecida atualmente em 5,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 8% ao ano. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica fique nesse mesmo patamar. Tanto para 2023 como para 2024, a previsão é 6,5% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, redução do controle da inflação e estímulo da atividade econômica.
(*Com informações da AEN).

 

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