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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Meu filho quer um animal de estimação. E agora?

 

Ter um bichinho de estimação requer cuidados básicos.

Por Loidi Ferst

O final de ano está se aproximando e começa a correria para as compras de Natal. Mas o que fazer se seu filho pediu um animalzinho de estimação de presente? Muitos pais, de início, rejeitam a ideia, porém, não conseguem dizer não aos filhos. Estudos comprovam que crianças que crescem ao lado dos pets são mais felizes e saudáveis. 

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Todos precisam estar preparados para a chegada do mais novo membro da família, afinal, ter um bichinho de estimação requer cuidados básicos, como dar banho, alimentar, vacinar. É nesse momento que os pais devem iniciar o conceito de responsabilidade. 

O médico veterinário Angelo Menin destaca a importância do convívio entre os animais e os pequenos. “Crianças que têm contato com animais desenvolvem noções de cuidado e de amizade, dar e receber carinho, responsabilidade. A criança fica menos individualista, ela aprende sobre limites, fica mais comunicativa, aprimora habilidades sociais, além de desenvolver seus sentimentos, aprendendo sobre o ciclo da vida, desde o nascimento até a morte.” 

Cuidados
Quando a criança é muito nova, não possui a noção de que os animais não são brinquedos, pega os bichinhos de maneira desajeitada, puxa o rabo, orelhas, dessa forma, muitos animais podem responder de maneira agressiva, mas isso é apenas uma forma de defesa do animal, aí cabe um cuidado especial do adulto, para que nem a criança nem o animalzinho se machuquem.  

Muitos pais têm dúvidas sobre qual a melhor idade para a criança ter um animal. Segundo o veterinário, não há uma idade específica desde que os pais estejam bem atentos. “De acordo com a idade da criança, deve-se observar a disponibilidade dos pais de acompanhar o animal; crianças pequenas devem ser instruídas, pois ainda não sabem a diferença de um animal e um bichinho de pelúcia, podendo apertar, jogar no chão e até mesmo bater no animal para repreender algo que ele tenha feito. Isso pode causar acidentes, pois os animais, no instinto de se defender, podem lesionar a criança – gatos arranham e cães mordem. Com o tempo, as crianças passam a ter responsabilidades, como recolher as fezes, dar comida e água e fazer passeios, criando um vínculo com seu animal.”

É importante observar alguns fatores antes de adquirir um animal, como o local onde vai viver, casa ou apartamento, se vai viver dentro ou fora de casa, a idade da criança e a disponibilidade dos pais ou irmãos para ajudar no cuidado desses animais. 

Crianças com alergia
Crianças alérgicas podem ter bichos de estimação, desde que saibam qual a causa da alergia. Angelo ainda ressalta que “estudos mostram que crianças que têm contato com animais desde cedo estão menos propensas a desenvolver alergias, visto que seu sistema imunológico está sendo constantemente estimulado, mas é muito importante levar seu animal ao veterinário para que sejam feitas as vacinas preventivas e manter o vermífugo sempre em dia, evitando assim possíveis zoonoses”.

Caso seu filho opte por um animal exótico, segue a lista de animais dóceis para presenteá-lo
 

Calopsitas: Também são animais dóceis e mansos, além de serem superinteligentes e curiosas. Possuem facilidade em reproduzir sons, assobiar e imitar palavras, o que pode ser um motivo de diversão para a criançada. Vivem de 10 a 15 anos e alimentam-se principalmente de uma mistura de sementes. As calopsitas são fáceis de cuidar: podem viver soltas dentro de casa ou em gaiolas. Atenção para cuidados especiais com a limpeza da gaiola e potes de alimentação e água. Não precisam de autorização do Ibama.

Jabutis: Os jabutis são muitos lentos e dóceis. São terrestres, característica principal que os diferencia das tartarugas (animais de água salgada). Quando se sente ameaçado, o jabuti recolhe as patas, a cauda e a cabeça para dentro do casco e se faz de morto. Os jabutis se alimentam de frutas e verduras e podem viver até 50 anos. Como é um réptil, é bom prestar atenção na temperatura: é ideal oferecer um local com fonte de calor, importante para manter a atividade e manter se alimentando. É necessária a autorização do Ibama.

Coelhos: São animais limpos e fáceis de cuidar, e podem ser soltos dentro de casa ou apartamento; não têm cheiro no pelo, lavam-se sozinhos, portanto, não necessitam de banho. Possuem baixo custo de manutenção e alimentação. São, em geral, dóceis e apegados aos donos. A expectativa de vida dos coelhos é de seis a oito anos. Fazem suas necessidades em um lugar específico e não precisam de autorização no Ibama. Alimentam-se principalmente de folhas e verduras, mas também deve ser oferecida a ração.
 

Ferret ou furões: São animais bem simpáticos e brincalhões, boa opção de animal de estimação para quem está em busca de uma companhia mais “arteira”! São animais curiosos, que gostam de “xeretar” em tudo e meter-se em frestas e atrás de móveis. A alimentação é à base de ração politizada especial para ferrets. Possuem estimativa de vida de cerca de oito anos, mas podem chegar a 12 anos. Os ferrets possuem algumas características muito semelhantes aos gatos, assim não necessitam de banhos frequentes. Passam quase todo o dia dormindo, e quando estão acordados passam todo o tempo brincando, até mesmo quando são mais velhos. É bom mantê-los em gaiolas quando ficam sozinhos em casa, mas eles devem ser soltos durante algumas horas diariamente. Também aprendem a andar em coleiras e podem sair para passeios na rua. É necessária a autorização do Ibama, que só permite a comercialização de animais castrados.

Regras mais rígida para estabelecimentos veterinários?
O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) aprovou recentemente uma resolução com objetivo de garantir melhores condições de atendimento aos animais em instituições veterinárias de todo o país. A partir dessa resolução, o CFMV estabelece critérios para estabelecimentos veterinários e determina a estrutura obrigatória. Com isso, a sociedade poderá identificar mais claramente quais tipos de estabelecimentos são responsáveis pela saúde dos animais, podendo assim cobrar a adequação às normas.

 

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