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sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Miguel Carli, símbolo da luta contra a Covid-19, morre aos 60 anos

Ele foi vítima da doença que tanto combateu como chefe da Vigilância Sanitária.

Miguel Carli, 60 anos, funcionário-símbolo no trabalho de combate à Covid-19, faleceu na Policlínica Pato Branco.

O prefeito Anderson Barreto decretou luto oficial pela morte do médico veterinário Miguel Ângelo Machado Carli, 60 anos, que faleceu na manhã de domingo, 21, em decorrência de complicações provocadas pela Covid-19.

O decreto tem validade para os dias 21, 22 e 23 de março. Durante 30 anos, o veterinário atuou na Vigilância Sanitária da Prefeitura de Coronel Vivida – era o chefe do setor. Conforme relato dos repórteres Fabiane Kaczan e Adelino Guimarães, da Rádio Voz, em mensagens e matérias veiculadas na página da emissora no Facebook, Miguel foi uma das pessoas mais dedicadas para fazer com que as normas sanitárias de prevenção e combate ao coronavírus fossem cumpridas no município.

Dia 27 de fevereiro, o veterinário foi internado para tratamento contra a Covid. Inicialmente ficou no Instituto Médico Nossa Vida, de Coronel Vivida, e depois foi transferido para leito de UTI da Policlínica Pato Branco. Ele chegou a apresentar melhoras no quadro de saúde, mas na última semana passou por complicações e não resistiu. Faleceu na manhã de domingo, 21.

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Depoimentos comoventes
Frank Schiavini, ex-prefeito,  comentou em sua página no Facebook que Miguel Carli é “um guerreiro que deixa a batalha com o mérito do dever cumprido. Foram mais de 30 anos de serviços frente a um dos órgãos mais difíceis de se trabalhar. Quando se é vigilante e precisa fazer cumprir leis, se é julgado muitas vezes de forma cruel. E o Miguel sempre estava lá. Na organização da Expovivida, na busca pelo selo Sisbi/Suasa, no combate a dengue, na educação do trânsito, no Agosto Azul, nas ações em prol do novo Hospital Instituto Nossa Vida, na prevenção aos acidentes de trabalho, nos cursos aos agricultores, nas ações de conscientização e fiscalização de cargas perigosas, enfim são tantos feitos”.

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Fabiane Kaczan, repórter da Rádio Voz, afirmou em mensagem no Facebook, da Rádio Voz, que Miguel era “acessível, disponível, dedicado ao seu trabalho e muitas vezes incompreendido. Sim, ele fiscalizava, ele cobrava, ele temia que a situação fugisse do controle. Ele deu sim à vida pela profissão, pela população”.

Adelino Guimarães lamentou a morte do amigo. “Logo ele que foi o vividense que mais lutou contra este maldito vírus… Lutou de frente, de peito aberto, sem medo de nada, pra defender uma população onde muitos ainda o criticavam, o combatiam. Esteve sempre na linha de frente. Tem que fiscalizar, tem que multar, tem sanitização, tem que isso, tem que aquilo… e quem era a pessoa para estar à frente de tudo e de todos: Miguel Carli!”

Consternação na comunidade
No Decreto nº 7.607/21, que determinou luto oficial por três dias, no município, o prefeito Anderson Barreto argumentou que a morte causou uma consternação no município e que o médico veterinário prestou inestimáveis anos como servidor público do município e que foi um profissional dedicado e símbolo na luta e combate à Covid-19. 

Homenagem merecida
Após a liberação do corpo para os familiares e os preparativos pela Funerária Jerusalém, o carro funerário se dirigiu a Coronel Vivida para participação de uma carreata fúnebre em homenagem ao servidor público.

A carreata silenciosa partiu do Bairro São Cristóvão, seguiu pela Avenida Generoso Marques até a Funerária Santo Antônio. O corpo do médico veterinário foi levado para Francisco Beltrão, foi cremado no Crematório Jardim das Oliveiras, e as cinzas serão levadas para Santa Maria (RS), cidade natal de Miguel. Ele deixou a esposa,  Jaqueline Cavalheiro, três filhos – um menino e duas meninas.

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