
fizeram uma única exigência: morar próximo do local de origem.
As famílias que moravam na área onde hoje está sendo construída a trincheira do bairro São Miguel de Francisco Beltrão, na PR 483, se reuniram na manhã de ontem para uma manifestação pacífica. Homens, mulheres e crianças se concentraram em frente a um terreno, próximo ao Colégio Agrícola na Linha Santa Bárbara.
A reivindicação dos moradores é para que seja cumprido o acordo feito com a Prefeitura logo que foram retirados de suas antigas casas em 2013.
Segundo os moradores, quando a administração municipal decidiu iniciar a obra da trincheira, o acerto com as famílias foi rápido e simples. A única exigência foi pela escolha do local da nova moradia: os moradores queriam um lugar próximo dali, de onde já vivem há anos. Então ficou acordada a construção das novas casas nesse terreno, ao lado do Colégio Agrícola.
Só que já se passaram dez meses e, conforme informações do pessoal, a conversa agora é diferente. “Estão nos enrolando, pedem documentos, gastamos o dinheiro que não temos. Eles querem nos colocar em outras casas, longe daqui, do programa Minha Casa, Minha Vida. Nós só queremos nosso terreno como antes, porque aquilo era nosso, temos direito”, reclama Jeferson, um dos moradores.
Paulo Grohs (PSDB), presidente da Câmara de Vereadores, esteve no local e disse que a reivindicação dos moradores é justa. “Acompanhamos quando a Prefeitura concordou em abrigar o pessoal nesse terreno próximo da UTFPR. O que as famílias querem agora é uma solução para esse impasse o quanto antes”. O vereador disse também que este acordo está registrado em ata, e que passou pela Câmara de Verêadores.
Não havia nenhum representante da Prefeitura.
Reunião com o prefeito
Incomodados com a situação, os moradores pedem uma reunião com o prefeito Antonio Cantelmo Neto (PMDB). De acordo com Jeferson, a conversa das famílias é sempre com funcionários da Assistência Social. “Não queremos mais isso, queremos ser atendidos pelo prefeito que nos propôs esse acordo e não está cumprindo.”
Os moradores alegam que não estão pedindo nada além do que lhes foi prometido. Eles afirmam ainda que sabem da importância da construção da trincheira para o município, porém, não podem sair prejudicados. As famílias que foram retiradas das proximidades da trincheira recebem aluguel social como auxílio.
Ontem pela manhã a reportagem do JdeB tentou contato telefônico com o prefeito Neto, mas sem sucesso.