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Francisco Beltrão
quarta-feira, 04 de junho de 2025

Edição 8.218

04/06/2025

Moscou pode reabilitar estátua do pai do terror na época da União Soviética

Geral

Folhapress – Após quase 30 anos de sua derrubada, que marcou a implosão da União Soviética, a estátua do fundador do terror político no Estado comunista pode voltar ao seu pedestal na frente da sede da antiga KGB, centro de Moscou.

A cidade fará uma enquete on-line de 25 de fevereiro a 5 de março para decidir se a famosa praça Lubianka voltará a abrigar o monumento a Félix Dzerjinski (1877-1926), criador da Tcheká (Comitê de Emergência).

A polícia secreta comunista, surgida em 1917, metamorfoseou-se em diversas agências de repressão ao dissenso no País, culminando na temida KGB, em 1954. Após o fim do império soviético, em 1991, ela foi fracionada e o seu principal ramo hoje é o FSB (Serviço Federal de Segurança).

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A alternativa à volta de Dzerjinski será uma estátua do príncipe Alexander Nevski (1221-1263), um dos maiores heróis da história russa e santo da Igreja Ortodoxa. Não é a primeira vez que o avô da KGB tem sua volta proposta. Ele já ganhou uma minúscula estátua na Rua Petrovka, junto à sede da Polícia Criminal, em 2005.

Em 2015, a volta à Lubianka quase foi consumada a pedido do Partido Comunista. Agora, os proponentes são políticos nacionalistas da Câmara Cívica de Moscou, órgão assessor do Legislativo e do Executivo municipais.

Se a ideia vingar, será um movimento de enorme simbolismo histórico. Dia 22 de agosto de 1991, uma multidão tomou as ruas de Moscou, após a derrota do golpe da linha dura da KGB e das Forças Armadas para remover o reformista Mikhail Gorbatchov do poder.

A turba foi direto para a praça Lubianka, que desde 1958 abrigava o colosso de seis metros de altura e 14 toneladas de bronze. Com cordas, tentaram derrubar a estátua, sem sucesso.

Um assessor de Graviil Popov, o primeiro prefeito eleito democraticamente de Moscou, estava no local. Em suas memórias, Alexander Muzikanstski conta que ele queria dar um verniz legal à retirada do monumento, além de temer pela segurança numa queda abrupta. Até hoje embaixo da praça fica a estação de metrô homônima.

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