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terça-feira, 24 de junho de 2025

Edição 8.231

24/06/2025

Mulheres à frente do seu tempo impulsionam a UTFPR-PB

Elas coordenam ações relevantes e de impacto social, com propostas inovadoras em suas áreas de atuação.

Elizandra Machado, Audrey Hausschildt Merlin, Geocris Rodrigues, Claudinéia Lucion Savi, Maria de Lourdes Bernartt, Giovana Faneco Pereira e Larissa Hagedorn Vieira,

professoras da UTFPR, Câmpus Pato Branco.

Foto: Leandra Francischett/Gente do Sul

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Mulheres empreendedoras. Elas são destaque na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Câmpus Pato Branco, por suas iniciativas numa instituição de ensino superior gratuito.

Gestão de Graduação e Educação Profissional
Nilvânia Aparecida de Mello, engenheira agrônoma, Doutora em Ciência do Solo pela UFRGS e pós-doutora em Filosofia da Ciência pela Universitè Joseph Fourrier, sempre atuou profissionalmente como professora de ensino superior, sendo professora da UTFPR há 23 anos. Desde 2010, atua também na Pós-graduação, no Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR). Atualmente, é diretora de Graduação e Educação Profissional do Câmpus Pato Branco.

“Acredito que o servidor público é a mão da nação que chega até os cidadãos, por isso no meu trabalho procuro sempre me reportar à legislação e aos regulamentos vigentes, pois entendo que esta é a única forma de garantirmos a aplicação dos princípios fundamentais da administração pública, quais sejam legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”, diz Nilvânia.

Empreendedorismo, Inovação e Extensão
Elizandra Machado Follmann é professora de Administração, doutora em Engenharia de Produção, pela UFSC. Atualmente, é coordenadora do Centro de Empreendedorismo e Inovação e do projeto Educação Empreendedora, responsável pelo Hotel Tecnológico da UTFPR – Câmpus Pato Banco. Foi Bolsista Orientadora do Projeto Agentes Locais de Inovação SC Sebrae – CNPq. Seu interesse de pesquisa está relacionado à criação de novos negócios, empreendedorismo, gestão do conhecimento e gestão do capital intelectual em startups.

“As disciplinas de empreendedorismo servem pra levarmos negócios pra incubadora, mas não só isso, também pra que eles se tornem empreendedores e tenham uma fonte diferenciada de renda. Tentamos mostrar o melhor caminho pra colocação no mercado de trabalho e também mostrar o lado em que eles podem empreender. Recentemente, tive um projeto de extensão em que criamos um centro de empreendedorismo pra dar apoio a esses alunos. Tivemos diversas atividades, capacitação com professores pra estimular o empreendedorismo na universidade, palestras voltadas ao empreendedorismo, tivemos missões internacionais em que uma aluna participou. Acho que um dos ganhos desse projeto foi o desenvolvimento dela como profissional, ela adquiriu competências empreendedoras, assumiu o desafio, inclusive ela se formou no início do ano e conseguiu colocação profissional na área de incubadora. ”, conta Elizandra.

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Geocris Rodrigues dos Santos é professora doutora do Departamento de Engenharia Mecânica e Gestora da Incubadora e do Programa de Empreendedorismo e Inovação do Câmpus. Atua como professora colaborada do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC) e em pesquisas na área de materiais cerâmicos, gerenciamento de projetos e avaliação do ciclo de vida de produtos e processos.

“De maneira geral, no curso de Engenharia Mecânica temos poucas mulheres ingressando, há pouca representatividade feminina. Na Engenharia Civil já tem um grande equilíbrio e isso é um ganho para as engenharias. No caso da incubadora, ainda temos poucas mulheres em relação ao número de homens tentando o empreendedorismo, mas temos vários incentivos locais de empreendedorismo feminino. Temos um grupo de mulheres que se reúne com uma certa frequência pra debater o empreendedorismo feminino, que é uma atitude muito bacana”, informa Geocris.
Audrey Hausschildt Merlim, bacharel em Administração, especialista em Marketing Empresarial e mestre em Ciências Sociais Aplicadas, atualmente é chefe do Departamento Acadêmico de Administração e Coordenadora do Curso de Especialização MBA em Recursos Humanos. Sua atuação na UTFPR é marcada pelo desenvolvimento de pesquisas acadêmicas em Gestão de Pessoas e orientação de acadêmicos e egressos em Gestão de Carreira, Desenvolvimento Profissional e acesso ao mercado de trabalho.

“As mulheres vem desenvolvendo excelente trabalho em diferentes segmentos da sociedade, gerando valor e fazendo diferença no cotidiano das pessoas e organizações a partir da diversidade. Neste sentido, suas trajetórias têm sido construídas de forma sólida não apenas em termos de conhecimentos técnico-científicos, mas permitindo oferecer soluções a partir das singularidades da atuação feminina no ambiente profissional. Na Universidade investimos nossos esforços de forma compartilhada às pessoas, que são o nosso maior valor, geram estímulo e significado ao nosso trabalho e nos fazem acreditar que é possível fazer melhor. Empoderar-se é ser autônoma, ser dona das suas próprias escolhas”, comenta Audrey.

Destaque em Pesquisa e Projetos
Maria de Lourdes Bernartt é professora associada da UTFPR, com mestrado e doutorado em Educação, pela Unicamp, além de PhD em Educação. Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR), na linha Educação e Desenvolvimento, na qual orienta no mestrado e no doutorado, os temas: Políticas públicas de educação e de desenvolvimento; Políticas públicas de educação para populações do campo; políticas públicas migratórias; políticas públicas para pessoas idosas; educação em direitos humanos e diversidades. É membro do Comitê de Assessores de Áreas (CAA) da Fundação Araucária; membro do Centro de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento Regional (Cepad); membro do Grupo de Estudossobre Imigrações para o Oeste de Santa Catarina (GEIROSC) e coordenadora da Pesquisa-Diagnóstico “Pato Branco – Cidade Amiga do Idoso: primeiro diagnósticopara o envelhecimento ativo de seus cidadãos”.

“O magistério universitário é um espaço de todos e de todas, pois não se trata de uma profissão específica de um determinado gênero, ou nível, trata-se de uma profissão a ser exercida por quem se qualifica para tal. Vale lembrar que lecionar, especialmente nos níveis infantil e fundamental, por muito tempo, no Brasil, legitimou-se como função eminentemente feminina, incentivada por diversas pressões sociais. Na atualidade, é cada vez maior o número de mulheres matriculadas na escola, sendo a maioria a partir da 5ª série do ensino fundamental, passando pelo ensino médio, pela graduação e pela pós-graduação, conforme dados do IBGE (2007). Na atualidade, a mulher tem se evidenciado no ensino, na pesquisa e na extensão e, na UTFPR, é possível se observar isso muito claramente, pelos projetos com os quais nos envolvemos. Inclusive, é interessante destacar áreas que desenvolvem projetos para mulheres, em especial, no PPGDR. Temos estudos sobre gênero, mulher camponesa, mulher migrante, mulher idosa, e principalmente políticas públicas para essas mulheres. Temos nos dedicado também a estudos, envolvendo histórias, memórias e vozes dessas mulheres”, declara Maria de Lourdes.

Giovana Faneco Pereira é professora do Departamento Acadêmico de Ciências Agrárias da Instituição. Licenciada e bacharel em Ciências Biológicas e doutora em Ciências Ambientais pela UEM, atua na identificação de espécies vegetais (taxonomia) e levantamentos florísticos e fitossociológicos. Giovana é membro integrante do “Núcleo de Agroecologia e Produção Orgânica do Sudoeste do Paraná (NEA_Sudoeste_PR)” e do “Núcleo de Segurança Alimentar e Nutricional do Centro Sul e Sudoeste do Paraná”. Entre os projetos em andamento está o Horto Didático, local onde são cultivadas diferentes espécies vegetais de interesse. Além disso, é representante no Câmpus do Projeto Rondon e professora colaboradora do Projeto Floração, ambos projetos de extensão universitária.

“Em 2013 iniciamos o projeto de implantação do Horto Didático, uma área destinada ao cultivo e multiplicação de diferentes espécies e utilizada para aulas práticas, cursos e oficinas ministradas tanto para acadêmicos quanto para a comunidade externa, em especial, produtores familiares. Entre as espécies cultivadas estão, principalmente, as chamadas plantas alimentícias não convencionais (PANC). São plantas, em geral, desconhecidas pela maioria da população como fonte de alimento. Fazemos o resgate de sementes e propágulos com o intuito de divulgar, em nossos projetos de extensão, essas espécies que são ricas em diferentes tipos de nutrientes e, também, formas de como prepará-las. A maioria dessas plantas foram utilizadas na alimentação pelos nossos antepassados ou são utilizadas por determinadas comunidades tradicionais”, destaca Giovana.

Larissa Hagedorn Vieira é professora da graduação em Matemática, com licenciatura pela UTFPR, Câmpus Pato Branco, e mestre em Matemática pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). É professora efetiva e trabalha também nas disciplinas do núcleo básico da engenharia. “Na minha carreira é bem tranquila (a diferenciação entre homem e mulher), porque uma vez que você fez a faculdade, mestrado e doutorado, você passa por uma avaliação em que não conta se você é homem ou mulher você é igual, então eu acho que neste ponto é bem interessante como professora, pelo fato de que o modo de ingresso não contabiliza o sexo da pessoa.” Larissa oferta cursos complementares de capacitação para os graduandos, preenchendo a lacuna deixada pelos ensinos fundamental e médio.

Claudinéia Lucion Savi ocupa o cargo de pedagoga. É mestre em Educação pela Unioeste/ Francisco Beltrão e atua no NUENS (Núcleo de Ensino). Trabalha com a formação dos professores, na assessoria, no acompanhamento e no suporte pedagógico aos docentes e aos coordenadores de curso.

Atualmente, a UTFPR está rediscutindo seus currículos e Claudinéia assessora o processo de reestruturação curricular e inovação metodológica na UTFPR-PB. “Estamos trabalhando na perspectiva das metodologias ativas da aprendizagem, que são metodologias que fazem o aluno sair da condição passiva para tornar-se sujeito ativo no processo de aprendizagem”, destaca.

A UTFPR-PB está bem representada por mulheres que lideram projetos de ensino, pesquisa e extensão, contribuindo com o desenvolvimento discente, docente e da comunidade em geral. Nilvânia, Elizandra, Geocris, Audrey, Maria de Lourdes, Giovana, Larissa e Claudinéia representam mulheres de fibra a frente da educação pública, gratuíta e de qualidade.

Campus da UTFPR-PB.

Foto: Núcleo Brasileiro de Vante para Aerolevantamento (NUBRAVA-UTFPR-PB)

 

 CURSOS OFERTADOS PELA UTFPR CÂMPUS PATO BRANCO

GRADUAÇÃO
• Administração
• Agronomia
• Ciências Contábeis
• Engenharia Civil
• Engenharia de Computação
• Engenharia Elétrica
• Engenharia Mecânica
• Licenciatura em Letras Português-Inglês
• Licenciatura em Matemática
• Bacharelado em Química
• Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas
• Tecnologia em Manutenção Industrial

 

PÓS-GRADUAÇÃO
Cursos de Especialização (Lato Sensu):
• Banco de Dados
• Engenharia de Produção
• Engenharia de Segurança do Trabalho
• Gestão Contábil e Financeira
• MBA em Recursos Humanos
• Projetos e Dimensionamento de Estruturas Metálicas
• Redes de Computadores – Configuração e gerenciamento de Servidores e
Equipa-mentos de Redes
• Tecnologia Java

Cursos de Mestrado (Stricto Sensu):
• Programa de Pós-Graduação em Agronomia – PPGAG
Área de Concentração: Produção Vegetal
• Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional – PPGDR
Área de Concentração: Desenvolvimento Regional Sustentável
• Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil – PPGEC
Áreas de Concentração: Materiais e Engenharia de Estruturas Meio Ambiente
• Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas – PPGPS
Área de Concentração: Gestão dos Sistemas Produtivos
• Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica – PPGEE
Área de Concentração: Sistemas e Processamento de Energia
• Programa de Pós-Graduação em Letras – PPGL
Área De Concentração: Linguagem, Cultura e Sociedade
• Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Processos Químicos e
Bioquímicos – PPGTP
Área de Concentração: Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos
• Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional – PROFMAT
Área de Concentração: aprimoramento da formação profissional de
professores da Educação Básica

Cursos de Doutorado (Stricto Sensu):
• Programa de Pós-Graduação em Agronomia – PPGAG
Área de Concentração: Produção Vegetal
• Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional – PPGDR
Área de Concentração: Desenvolvimento Regional Sustentável

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