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quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Mulheres vão mais ao médico e ao dentista que homens, mostra IBGE

 

Atendimento a mulher: elas consultam mais os médicos e dentistas.

 

 As mulheres brasileiras vão mais ao médico do que os homens, diz a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, divulgada ontem, 2, pelo IBGE. A publicação, que reúne dados levantados no último trimestre de 2013, revela que 71,2% dos entrevistados haviam se consultado pelo menos uma vez nos 12 meses anteriores à entrevista. Entre as mulheres, o índice foi de 78%, contra 63,9% dos homens.
Elas também são mais aplicadas nos cuidados com os dentes: 47,3% das brasileiras disseram terem ido ao dentista uma vez nos 12 meses anteriores, ante 41,3% dos homens. A diferença também aparece na questão da higiene bucal: 91,5% do público feminino pesquisado respondeu que escova os dentes duas vezes ao dia, ao passo que a taxa foi de 86,5% no masculino.
Para o médico Edvaldo Lisboa Santos, a pesquisa confirma os fatores histórico-culturais ainda impregnados na sociedade brasileira. “A mulher vem conquistando mais espaço na sociedade, mas ainda fica mais em casa. E dessa forma é ela que vai ao posto de saúde levar as crianças, cuida da família, até porque ela utiliza remédios controlados, como contraceptivos. O homem ainda se acomoda, sente vergonha e não busca auxílio médico como deveria”, analisa.

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Discriminação
A PNS investigou o atendimento nos serviços de saúde, público e privado. As entrevistas mostraram que 10,6% dos brasileiros de mais de 18 anos já se sentiram discriminados ao serem atendidos em postos e hospitais, sendo a ocorrência mais frequente no Norte e no Centro-Oeste: índices de 13,6% e 13,3%, respectivamente. Os principais motivos, na ordem: falta de dinheiro, classe social, tipo de ocupação, doença que apresentam e cor da pele. 
“É algo estrutural da nossa sociedade. Quando o indivíduo está fora de um padrão, ele é discriminado, sofre bullying. Vimos isto na última eleição contra os nordestinos. Assim como é algo hierárquico, por exemplo, entre quem atende em postos de saúde e hospitais”, afirma Edvaldo, que atua no Posto de Saúde da Família do bairro Padre Ulrico, em Francisco Beltrão.

Internações
De acordo com a pesquisa do IBGE, o Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por 65,7% das internações que duram 24 horas ou mais no Brasil, sendo maiores as taxas no Nordeste (76,5%) e no Norte (73,9%). Em relação ao atendimento básico, a PNS mostra que 53,4% dos domicílios brasileiros em 2013 estavam cadastrados em Unidades de Saúde da Família; no entanto, entre eles, 17,7% nunca haviam recebido visita de agente comunitário de saúde ou membro da equipe de saúde da família.
Outra pergunta do questionário foi quanto à dengue: 12,9% dos brasileiros afirmaram que já tiveram a doença. As regiões com maior incidência são o Norte e o Nordeste. O Sul responde por apenas 1,3% dos relatos. As proporções foram superiores à média nacional para mulheres (14,3%), pessoas com 40 e 59 anos (17,45) e pretos e pardos (14,8% para as duas categorias).

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