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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

“Não somos mais os melhores”, diz Dunga em entrevista coletiva à imprensa

 

Dunga: “Vamos trabalhar em conjunto com as categorias de base.”

 

 Dunga foi direto na entrevista de ontem, no Rio de Janeiro, durante a apresentação oficial como novo técnico da seleção brasileira. “Não somos mais os melhores. Temos de resgatar isso com humildade e trabalho”, avisou. Assim, com um discurso ao seu melhor estilo, ele começou sua segunda passagem no comando do time brasileiro. O time da nova era Dunga deverá ser organizado taticamente, “mas com as características do futebol brasileiro”. Foi dessa forma que o treinador definiu como será seu trabalho nos próximos anos. Com fama de linha-dura, ele também não irá admitir jogadores “sem equilíbrio emocional”.

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E a meta a médio prazo já está definida: uma boa campanha nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. O presidente José Maria Marin frisou que a escolha havia sido feita em conjunto com seu sucessor, Marco Polo del Nero, e com o novo coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi. Ao seu melhor estilo, Dunga foi sincero. “A gente não pode vender uma ilusão de que as coisas são fáceis e serão resolvidas de um dia para outro”, disse. Sem citar Luiz Felipe Scolari, procurou defender em parte o trabalho do seu antecessor. “A partir dessa Copa do Mundo não podemos colocar tudo como terra arrasada. Houve muitas coisas boas.”

Crítica

Dunga comentou sobre a forte rejeição ao seu nome em enquetes nos diversos sites e programas esportivos do País. “É mais ou menos como uma eleição. Nem sempre ganha o candidato que lidera as pesquisas. Tenho que buscar força nos 20% que me apoiam”, explicou Dunga. Para isso, ele se apoiou no aproveitamento de 76% conquistado em sua primeira passagem no cargo, mas disse que, se esse número não foi suficiente para ter a aceitação do público, Ele afirmou ainda que já tem “um esboço de time”, mas fez uma ressalva. “Não vemos vender um sonho”, prometeu o novo técnico da seleção. “Nossa maior ideia, e vamos ter que trabalhar muito, é preparar a equipe para a Olimpíada e para as Eliminatórias”, contou Dunga, que, no entanto, não estará no comando do time olímpico durante os Jogos do Rio, em 2016 – esse cargo ficará com Alexandre Gallo, que também é coordenador das seleções de base, o que foi confirmado nesta terça-feira pela CBF. “Na minha primeira passagem pela seleção brasileira foi me pedido para resgatar o valor da seleção brasileira. Na segunda, me pediram para preparar a seleção para a Copa de 2018”, revelou Dunga. “Vamos trabalhar em conjunto com as categorias de base sob a coordenação do Gallo, assim como com a coordenação do Gilmar.” Amigo de Dunga desde o início dos anos 1980, quando atuaram juntos no Inter, Gilmar Rinaldi afirmou que o desafio será o de “buscar o equilíbrio justo para um momento tão importante como este”.

O coordenador de seleções da CBF, empossado na última quinta-feira, disse ainda que o restante da comissão técnica ainda está sendo definindo.

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