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Francisco Beltrão
quinta-feira, 05 de junho de 2025

Edição 8.220

06/06/2025

Nestor Zuck: depois das cooperativas, trabalho com vacas de leite

Geral

Nestor Zuck deixou a iniciativa privada para investir na produção de leite.

 

O técnico agrícola Nestor Zuck participou de importantes cooperativas no Sudoeste do Paraná: em 1995, ele trabalhou na Camdul. Depois, foi peça importante na consolidação da Cresol em Cruzeiro do Iguaçu. “Meu primeiro emprego foi com o Edison Pin, em 1995, em Dois Vizinhos. Daí eu queria entrar na Camdul, fiz os testes, mas tinham algumas pessoas me impedindo de entrar até que chegou no ouvido do Gomercindo Rizzi, que era bem ligado ao meu pai. Aí ele me chamou e me contratou. Fiquei oito anos e dois meses na Camdul. Aí eu fui transferido, mas já tinha conversado com o presidente que pensava em sair e acabei trabalhando em Boa Esperança do Iguaçu. Depois, eu fui para Guará, numa fábrica de prato e me acidentei. Foram 90 dias de trabalho e eu me acidentei. Fiquei um ano e quatro meses encostado, fiz três cirurgias para poder recuperar o que dava para recuperar na mão”, lembra Zuck.

No ano 2000, ele foi candidato a vereador e não se elegeu, mas foi convidado pelo secretário de Agricultura, Daniel Meurer, para trabalhar na Prefeitura, ficando pouco mais de seis anos no cargo, trabalhando com inseminação. “Fui para a Cresol, onde fiquei por nove anos. Eu comecei como atendente de caixa, fiquei quase um mês, aí o objetivo era aumentar o quadro de sócios e eu participei de uma reunião com a direção e disse que, se era para aumentar sócios, tinha que correr atrás, não adiantava ficar lá dentro esperando. Eles me deram a liberdade de planejar e eu atendia na segunda, quarta e sexta até meio-dia e o resto dos horários ia para o campo visitar, conversar e tentar associar os agricultores. Eu entrei e tinha 23 sócios e, quando eu saí, tinha mais de 500”, lembra.

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Atualmente, ele se dedica à produção de leite. “Em agosto, vai fazer quatro anos que comecei. Já tinha algum conhecimento, fazia inseminação, eu tinha noção. Meu plantel hoje tem 18 lactantes e já estou ajeitando espaço pra mais 11 vacas. Estamos nos ajeitando para criar mais. Por enquanto está bom, mas temos que torcer para o preço aumentar, porque o leite baixou e a ração não. Eu consegui diminuir a ração, tô mandando mais pro pasto pra fazer sobrar”, avaliou Zuck.

Problema nas costas
Um problema grave quase tirou Zuck do mercado de trabalho. “Era um problema grave de coluna. Eu fiquei quatro meses dentro de casa que não podia levantar. Estava com uma cirurgia agendada em Pato Branco e, no desespero, veio um primo meu de fora e me levou pra Terra Roxa (PR), no Santuário de Baluae, onde eu passei por uma cirurgia espiritual. Eu cheguei lá carregado e saí caminhando, dando risada. O dia todo que eu fiquei lá, eu pedia para morrer porque não aguentava mais. Eu estava num desespero total. Lá me disseram que eu ia ficar bem, voltaria a trabalhar, mas que tinha que trabalhar para mim. Falei que ia ver, mas não tinha planejamento. Fui três vezes no santuário e fiquei bom, voltei a trabalhar e já me transferiram para trabalhar em uma empresa de Beltrão. Eu atendia Cruzeiro do Iguaçu e Boa Esperança, dava assistência, fazia laudo e perícia, fiquei dois anos e aí fui mandado embora. Aí fui para o Rio Grande do Sul passear nuns parentes e vi eles mexendo com vaca e pensei que era isso que eu tinha que fazer. Eu fui tirando umas medidas das coisas, construí meu espaço aqui, todo de madeira, tudo por conta própria, devagar, fui me informando e fazendo. Tinha um dinheiro guardado e investi no leite”, conclui.

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