O cargo é simbólico, mas mostra como é possível a presença de animais em ambientes comerciais.
Como sempre foi um local bem movimentado e pelo fato de muita gente oferecer um petisco ou outro, vários cães de rua buscavam atenção e comida no Posto Toscan, em Francisco Beltrão. Os clientes e funcionários sempre trataram bem os bichinhos e os proprietários nunca permitiram repreender os animais – inclusive, a empresa já fez campanha de troco solidário para repassar ração à ONGs de proteção e disponibiliza potes com ração e água no local.
Desde junho, no entanto, um dos cachorros passou a ser presença constante no posto. Inicialmente apelidada de “menina”, a fêmea cor caramelo e sem raça definida passou a brincar no playground das crianças e conquistou o pessoal. “Outros cachorros vinham e iam embora, mas ela ficou”, conta uma funcionária. A cachorra foi castrada, ganhou um nome definitivo (Nina) e uma cama só pra ela.
Na última semana, ela foi nomeada “gerente de bem-estar” do posto, com direito a crachá. O cargo é fictício, mas representa bem a forma com que os proprietários, clientes e funcionários tratam a cachorrinha e como sua presença é capaz de melhorar o ambiente da empresa.
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Nina tem sua rotina de trabalho: recebe os funcionários que chegam para trabalhar logo cedo, de meio-dia circula próximo às mesas externas do restaurante na expectativa de receber um petisco, passa quase toda a tarde dormindo e no fim do dia fica entre as bombas pedindo carinho dos clientes. A jornada termina quando o guarda da noite a põe pra dormir, depois que todos já foram embora.
Os funcionários comentam que a cachorra também tem o compromisso semanal no pet para o banho e que gosta de circular pela vizinhança. Às vezes parece brava, mas gosta de brincar e receber atenção. “A Nina costuma correr atrás de motos barulhentas e skate, mas quando a pessoa desembarca quer fazer amizade e pede carinho”, contam. Agora, ela também está sendo treinada.
