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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

No calor, cuidar da hidratação do pet é prioridade

 

Pingo foi tosado por Cristiane Chiarelotto, da clínica
Aukemia, para tentar driblar os problemas de pele com o calor. 

 

Ainda na primavera, já sentimos as altas temperaturas. Assim como os humanos, cães e gatos também sofrem com calor e os donos precisam ficar atentos aos sinais de seu pet e proporcionar formas para que eles também possam se refrescar. A respiração do cão, por exemplo, é um agente de regulação térmica, portanto animais com focinhos mais curtos sofrem ainda mais neste período. Os gatos, no entanto, têm rins e sistemas urinários mais propensos a problemas, então a hidratação é determinante para sua saúde. 

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Com a entrada do calor, a primeira dúvida dos donos é quanto à tosa. O médico veterinário Ângelo Menin, da Aukemia de Francisco Beltrão, comenta que a maioria dos cães da nossa região são animais naturalmente oriundos de locais frios. “É indicada a tosa completa para evitar problemas de pele, ou pelo menos a higiênica. Não se recomenda as tosas muito curtas, porque podem acabar causando alergias. O ideal é conversar no pet shop e fazer a tosa que se adapte melhor a cada animal”, sugere dr. Ângelo. 

Outro agravante dos períodos mais quentes é a proliferação de pulgas e carrapatos e junto deles doenças que afetam animais. Por tanto, é importante reforçar a imunização por meio de vacinas e fazer o controle dos parasitas. 

Consumo de água

Bebedouros estimulam os animais beberem
água e ajudam a manter a água mais fresca. 

 

Neste período, os animais precisam consumir mais água que o normal. Mas não se trata somente de quantidade, os cães e gatos, assim como os humanos, precisam receber água de qualidade. Para isso o dono não deve deixar o potinho de água exposto ao sol, sempre disponibilizar muita água potável – a média são 600 ml de água por kg, por dia – e o líquido precisa ser fresco. 

É normal que com o calor, os cães e gatos percam um pouco do apetite. “Ele não vai parar de comer, só vai diminuir o apetite, por isso é importante que o dono dê alimento em horários mais frescos do dia”, orienta o veterinário. A ração também sofre mudança com as altas temperaturas e ela pode ficar rança, se por ingerida assim ela pode causar problemas gástricos nos animais. A ração tem que ser armazenada em locais de pouca umidade e pouco contato com o sol.

Pet fora do carro
Todo o verão há notícias de animais de estimação que foram esquecidos nos carros pelos seus donos e acabaram morrendo ou com graves queimaduras. Com o calor, os passeios com os pets são mais comuns, mas o cuidado tem que ser redobrado, pois o animal não consegue se defender e a paradinha de cinco minutos em uma loja pode virar meia hora. 

Pet x piscina
Quem tem piscina em casa precisa se precaver, pois as ondulações atraem os animais para beberem a água e as substâncias químicas e o excesso de cloro faz mal para os cães e gatos. Se for soltar o pet no local, se indica que seja ligada uma torneira para que ele a utilize ao invés da água da piscina. 

Muita água para os gatos
Gatos gostam de água corrente, o dr. Ângelo aconselha aos donos que comprem bebedores maiores e a base de alumínio que mantém a água por mais tempo resfriada. “Durante o dia é interessante adicionar alguns cubos de gelo para manter a temperatura da água mais agradável, as fontes de água correntes chamam atenção para o gato tomar mais água”, indica o veterinário. O gato é um animal que sofre muito com problemas renais e urinários, então é importante incentivar que ele beba bastante água.

Muita água para os cães
Os cães braquicefálicos, ou seja, de focinhos achatados, têm dificuldade maior com a respiração e usam as narinas e a boca para respirar, por isso, eles sofrem mais para fazer a troca de calor. Então é comum ver Buldogue Francês, Pug, Boston Terrier, Pequinês, Boxer, entre outros cães de focinhos achatados, deitados em azulejos, porque é mais fresco. 

Se for levar o cão para fazer exercícios, neste período são mais indicadas as caminhadas a corridas e sempre carregar junto bebedouros móveis. Início da manhã e final da tarde são os melhores momentos para a realização de exercícios. 

Queimaduras 
Os cães com peles e pelos claros, assim como as pessoas, sofrem mais com os efeitos do sol. Eles também podem sofrer queimaduras e precisam de atenção especial para os focinhos e orelhas rosados. Atualmente, no mercado há bloqueadores solares especiais para cuidar do amigo cão. “Às vezes as pessoas fazem por desconhecimento e causam queimaduras nas patas de seus cães por fazê-los andar no asfalto ou pisos quentes. A clínica recebe muitos cães com queimaduras causadas pelos pisos da casa. Se o animal tem rotina de caminhadas, no mercado tem botinhas para proteger as patas, no início ele estranha, mas com o tempo se acostuma”, relata dr. Ângelo. 

Baixa umidade
O Sudoeste não sofre muito com baixa umidade do ar, mas quando há sequência longa de dias sem chuvas, os cães também sofrem com falta de umidade, então os donos devem promover a umidade no ambiente com toalhas molhadas. 

Na praia
Para os donos que levam os pets passar as férias na praia junto da família, antes de sair da cidade natal deve passar por uma clínica veterinária para ver se é necessário levar produtos que previnam contra alguns vermes. “A dirofilariose, comum nestes ambientes onde há animais errantes, afeta o coração dos pets e a outra zoonose Larva Migrans, ou bicho geográfico, são mais comuns nas praias e é preciso fazer a prevenção da doença”, orienta o dr. Ângelo. 

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