A energia da Copel é mais barata para o interior, mas como atividades rurais têm consumo elevado e taxas de juros menores, sistemas fotovoltaicos continuam atrativos.

Sistema instalado pela Espectro em Sulina: 70% dos pedidos são para o interior.
Foto: Divulgação Espectro
Cada vez mais produtores rurais estão apelando para a energia fotovoltaica como alternativa para reduzir os custos de produção. O setor agropecuário é, hoje, o que mais procura esse tipo de produto, segundo o proprietário da Espectro Energia Solar, Sergio Klinkoski. “De cada dez sistemas que vendemos, sete são instalados no interior e as atividades que mais buscam a energia fotovoltaica são a leiteira, de aves e de porcos”, comenta.
A evolução do modelo de negócios no campo vem tornando a energia elétrica fundamental em algumas atividades. Na criação de aves, por exemplo, os aviários não possuem mais ventilação natural e todo o ambiente é controlado com uso de exaustores, ventiladores, calefatores e nebulizadores – sem falar nos mecanismos de alimentação automáticos. Pra quem lida com vaca de leite, a energia é a responsável por tocar as ordenhas e resfriar o produto, mas em fazendas mais modernas na região já são utilizadas ordenhas robotizadas e a criação dos animais de forma confinada. Tudo isso demanda muito mais energia.
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De acordo com Sergio, mesmo a energia da Copel sendo mais barata para consumidores rurais, o consumo elevado torna a implantação de sistemas fotovoltaicos viável também no interior. O custo final da energia elétrica fornecida pela concessionária é, em média, de R$ 1,10 por kw/h na cidade e cerca de metade disso para o interior. “Por isso, pra quem reside na área urbana, o que a gente chama de payback, que é o tempo de retorno do investimento, é de 3,8 anos, em média, e no interior de cerca de 4,8 anos. Mesmo assim, é um investimento que compensa, visto que a vida útil do sistema é bem maior”, explica Sergio.
A popularização de linhas de crédito para financiar sistemas de energia solar também tem contribuído para que mais gente tenha acesso a esse modal energético. Pra quem é agropecuarista ou produtor familiar, as taxas são ainda mais vantajosas e geralmente permitem que se faça uma substituição: o valor economizado com a conta de energia é usado para pagar parte do financiamento do sistema. E mesmo quando é gerada mais energia que o consumido, ela volta para a rede da Copel e é utilizada em outros momentos (como à noite) ou pode ser abatida em outras faturas no mesmo CPF ou CNPJ.
Mas para saber qual o valor necessário e o tamanho do sistema, é preciso analisar cada caso. A Espectro, quando solicitada por um cliente, analisa a fatura e o consumo médio para definir a quantidade de placas e a capacidade do inversor. “Existem muitas variáveis a serem consideradas, por isso fizemos cada projeto sob medida para a necessidade do cliente”.
A Espectro está localizada em Marmeleiro, trabalha há três anos com sistemas fovoltaicos é dá garantia de 25 anos em seus sistemas.