Dr. José Carlos Zanella, da Planeta Bicho, ressalta a necessidade do uso da caixinha e do cinto.
Os tutores devem estar atentos quanto ao transporte correto de cães e gatos. Dr. José Carlos Zanella, da Planeta Bicho, explica que o ideal é iniciar com o adestramento ao uso do cobertor e depois ao uso da caixa.
Somente então deixar a caixa fechada e transportá-la em casa mesmo, para depois colocá-la no carro até o local destinado. Evitar transportar a caixa pela alça, porque este balanço pode causar insegurança e o animal pode ficar nauseado. Se acaso ele nausear o que fazer? Confira a entrevista.
JdeB – Como deve ser o transporte dos pets no dia a dia?
Dr. José Carlos Zanella: O transporte dos pets no dia a dia deve considerar sempre a segurança deles e a segurança de quem transporta. Para cães, desde pequenos, temos que educá-los para que eles entendam que entrar na caixa de transporte não é algo ameaçador, não é punição, e é o que normalmente se faz, porque não se usa caixa de transporte, exceto no dia que vai ao pet ou algum local que seja ruim para eles, como tomar uma vacina, consulta.
Então, nós devemos ensinar que a caixa de transporte para cães e para gatos é algo natural e eles podem se sentir seguros.
Como fazer isso?
Tanto para cães quanto para gatos, treinar desde pequenos, pegando, por exemplo, um cobertor, e em cima desse cobertor fornecer alimento e brincadeiras para que ele se sinta seguro. Depois disso, pegar uma caixa de transporte, deixar o fundo aberto e deixar que eles vão aos poucos se acostumando, repetindo sempre as brincadeiras, algo que eles gostam dentro dessa caixa de transporte.
Na sequência, quando ele se acostumar, colocar a tampa da caixa de transporte, deixar um pouco fechada com eles dentro e gradativamente transportar essa caixa dentro de casa de forma segura, rente ao chão; numa sequência colocar dentro do carro, andar um pouquinho com o carro, deixar o motor ligado em casa e depois transportá-los dentro da caixa, de preferência num local mais próximo ao chão, seguro ou preso ao cinto de segurança. Para gatos, também vale cobrir com um cobertorzinho, porque o ambiente mais escuro deixa eles mais tranquilos.
Em caso de viagem, o que muda?
Neste caso, o que muda é o manejo pré-viagem, e aí também a alimentação. A legislação diz que os animais têm que estar com as vacinas em dia, o que é atestado pelo médico veterinário. Com a carteirinha de vacinação em dia, ver se ele está apto a viajar. Esse animal deve fazer um jejum de quatro horas antes da viagem e, durante a viagem, parar a cada duas horas e fornecer água. É importante também saber antes da viagem se o destino permite animais.
Quais os riscos de deixar o cão andar com a cabeça para fora do carro?
O primeiro risco é pular para fora ou cair; segundo, esses animais também podem sofrer, por exemplo, com o olho aberto o ressecamento de córneas ou então insetos e pequenos objetos que estão no ar que podem entrar em contato com o olho do animal e por causa da velocidade causar lesão.
O que facilita o transporte?
A caixa de transporte e a guia com o encaixe da coleira que fixa no cinto de segurança do carro. Esses são acessórios bastante úteis e importantes. Tem a cadeirinha de transporte também, onde você pode colocar esse animal preso ao cinto dentro de uma cadeirinha, que fica num plano mais elevado. Para os gatos, a caixa de transporte mesmo, jamais deixá-los soltos dentro do carro.
Se acaso ele nausear, o que fazer?
Você pode fornecer medicamento. Existem dois produtos, pelo menos, aprovados para isso, que funcionam muito bem e até mesmo sedativos, no caso do paciente ter muita excitação durante a viagem.
Pacientes idosos, cardiopatas e pacientes que tenham prolongamento de palato, que têm dificuldade de respirar, não devem ser transportados dessa forma, é um risco grande, por isso, é importante passar no médico veterinário para ter mais orientações.
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