A região ficou exatamente com a mesma média nacional.
Dos 8.188 cursos de graduação participantes do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2019 e com Conceito Preliminar de Curso (CPC) 2019 calculado, 91,6% (7.501) tiveram desempenho entre as faixas 3 e 5 do indicador.
Os resultados do CPC 2019 foram divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), na quarta-feira, 9. Ao todo, 49,3% (4.034), 39,8% (3.255) e 2,6% (212) dos cursos avaliados ficaram nas faixas 3, 4 e 5, respectivamente. Os cursos com CPC 2019 estão vinculados a 1.215 instituições de educação superior.
O indicador segue uma escala de 1 a 5. O conceito 3 é uma espécie de média. Aqueles que tiveram um desempenho menor que a maioria recebem conceitos 1 ou 2 e podem, em último caso, levar ao descredenciamento do curso por parte do ministério. Já os que obtiveram desempenho superior, recebem os conceitos 4 ou 5.
Na edição de 2019 do Enade, 29 áreas de avaliação fizeram parte do exame. Foram avaliados cursos de bacharelados em agronomia, arquitetura e urbanismo, biomedicina, educação física, enfermagem, engenharia ambiental, engenharia civil, engenharia de alimentos, engenharia de computação, engenharia de controle e automação, engenharia de produção, engenharia elétrica, engenharia florestal, engenharia mecânica, engenharia química, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia e zootecnia.
Também foram avaliados cursos superiores de tecnologia nas áreas de agronegócio, estética e cosmética, gestão ambiental, gestão hospitalar, radiologia e segurança no trabalho. O CPC 2019 foi calculado considerando essas 29 áreas.
Na região Sudoeste do Paraná, conforme informações do MEC, dos 48 cursos avaliados, apenas Engenharia de Alimentos, da UTFPR de Francisco Beltrão, conquistou nota máxima (5). Outra boa notícia é que 21 cursos (43,75%) conquistaram nota 4 e 22 (45,8%) tiraram nota 3. Considerando os cursos que tiraram entre 3 e 5, o índice alcança 91,6%.
“Isso nos deixou muito felizes e satisfeitos, sendo o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos nossos servidores. Esperávamos uma boa avaliação, mas ficamos surpresos com a conquista do conceito máximo”, diz Alexandre Alfaro, diretor geral da UTFPR de Beltrão.
Segundo Alfaro, isto é resultado do trabalho de longa data; apesar de ser um curso recente, segue a mesma linha de trabalho do antigo curso de Tecnologia de Alimentos que também tinha o conceito máximo.
Importância do indicador
O indicador é utilizado também como critério na construção de matriz de distribuição orçamentária para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (EPCT). Iniciativas e políticas do Governo Federal, como o Universidade Aberta do Brasil (UAB), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Universidade para Todos (ProUni), o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (Parfor) e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), também utilizam o conceito como requisito para participação nos programas ou distinção entre o conjunto de cursos.
Como é calculado o CPC?
O CPC é um indicador de qualidade que combina, em uma única medida, diferentes aspectos relativos aos cursos de graduação. Ele é constituído de oito componentes, agrupados em quatro dimensões que se destinam a avaliar a qualidade dos cursos de graduação.
Desempenho dos Estudantes: mensurado a partir das notas dos estudantes concluintes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade); Valor agregado pelo processo formativo oferecido pelo curso: mensurado a partir dos valores do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD); Corpo Docente: baseado em informações obtidas a partir do Censo da Educação Superior, referente ao ano de aplicação do Exame, sobre a titulação e o regime de trabalho dos docentes vinculados aos cursos avaliados; e Percepção Discente sobre as Condições do Processo Formado: obtida por meio do levantamento de informações relativas à organização didático-pedagógica, à infraestrutura e instalações físicas e às oportunidades de ampliação da formação acadêmica e profissional, a partir das respostas obtidas com a aplicação do Questionário do Estudante.