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Francisco Beltrão
domingo, 29 de junho de 2025

Edição 8.235

28/06/2025

Novas normas para os veículos com engates

Novas normas para os veículos com engates

Jornal de Beltrão
A polêmica do uso correto dos engates vem desde sua implantação. Para alguns usuários, o que deveria ser um reboque em automóveis, passou a ser apenas um acessório para deixar o carro esportivo e proteger o pára-choque em caso de colisão.
Exatamente por este motivo, o uso do ?dispositivo de acoplamento mecânico para reboque? em veículos passou a ter novas determinações, em todos os carros de passeio vendidos no mercado.
Comum a grande maioria dos automóveis, os engates traseiros têm novas normas de regulamentação. Conforme a Resolução 197, definida pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito), a partir de agora o equipamento somente poderá ser usado em veículos com peso bruto total de até 3.500 quilos e com capacidade de tracionar reboques declarada pela montadora ou importador.
As novas regras começaram a ser adotadas pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) dia 25 de julho deste ano. Os fabricantes e instaladores têm um prazo de 180 dias, contando a partir desta data, para se adequar às mudanças.

Estruturas modificadas
Na estrutura do engate deverá constar uma plaqueta inviolável contendo o nome do fabricante, o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), a identificação do registro concedido pelo Inmetro, além do modelo e capacidade máxima de tração do veículo que é rebocado. Neste caso, o prazo de adequação é de até 730 dias.
O supervisor de vendas de uma empresa que fabrica os reboques em Francisco Beltrão, Mauro Gonçalves, diz que as mudanças são positivas, e tornarão ainda mais seguros os engates de carretas.
Além disso, o supervisor acredita que a modificação na norma inclua o equipamento somente nos automóveis que realmente necessitam dele. ?Muitas pessoas, cerca de 85%, colocam o engate no carro apenas por capricho, ou seja, para deixar o veículo com design mais moderno?, ressalta.
 Se fosse apenas para deixar o carro mais bonito, mas conforme afirma o supervisor, ?as pessoas usam o reboque para proteger o pára-choque do seu veículo em caso de acidente?.

Infração grave
O chefe do Detran de Francisco Beltrão, Arno Ribeiro, ressalva que após os prazos para as mudanças, os motoristas que não estiverem dentro das novas normas perdem cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação, e cometem infração grave, que prevê multa de R$ 127,69 e retenção do veículo.

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Resolução trará mais segurança no trânsito
As empresas que fabricam os equipamentos deverão informar ao Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) os modelos que possuem capacidade para tracionar reboques, em até 365 dias. ?Nossa obrigação a partir da nova norma será repassar os engates fabricados pela empresa para uma avaliação do Inmetro, para que sejam analisadas as questões de segurança do reboque?, salienta Mauro, supervisor de vendas.
Tratando-se dos carros que já possuem o equipamento, deverá ser acoplada uma esfera maciça apropriada para o tracionamento de reboque, além da colocação da tomada e instalação elétrica para conexão do veículo rebocado, inclusive com o sistema de iluminação da carreta.
Segundo informações de uma empresa que instala os engates traseiros na cidade, até que a lei entre em vigor plenamente, as pessoas já terão se acostumado com as novas normas. Por enquanto, a situação na empresa está normal: ?Eu acredito que a maioria das pessoas que fazem uso do reboque precisa da carreta. Porém, existe uma parcela da população que instalava o engate para proteção de pequenos acidentes. Haverá tempo para que todos saibam e se adaptem às regras?, disse a vendedora.

R$ 30 de investimento
?Para os proprietários de veículos adequarem o acessório terão que acrescentar pouco dinheiro, em média, R$ 30?, diz o sócio-gerente de um autocenter da cidade, Valério Rossato Caveglion. Em média, o equipamento completo custa R$ 150, e o acréscimo no orçamento será oriundo da instalação elétrica e a corrente que de segurança do reboque.
Para Valério, as mudanças não são drásticas, e as pessoas têm muito tempo para modificar os engates. ?Cerca de 10 carros por mês entram na loja para instalar os engates traseiros, o que significa que, no mínimo, 30% dos automóveis que saem das concessionárias possuem o equipamento; um número considerável de usuários?, observa. (CS)

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