Geral

Em 2018, o Partido Novo estreou em disputas políticas. A presidente, com João Amoêdo, conquistou 2,5% dos votos (2,6 milhões), ficando em 5º lugar, numa disputa de 13 nomes, sendo superado apenas por Jair Bolsonaro (então no PSL), Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB). A legenda elegeu oito deputados federais e um governador, Romeu Zema, em Minas Gerais. No Paraná, não teve candidato ao Palácio Iguaçu e não elegeu nenhum deputado.De acordo com o estatuto, a definição da candidatura é feita pelos diretórios estaduais e pelo nacional. São 40 pessoas que votam neste processo. Amoêdo recebeu o convite de 36 dos 40 para ser o pré-candidato. “Do meu ponto de vista, a definição está dada”, disse, rebatendo o protesto de alguns deputados do partido, contrários ao seu nome.
Para Amoêdo, o ex-presidente Lula (PT) é um dos favoritos para estar no segundo turno nas eleições presidenciais do ano que vem. Segundo ele, o governo federal deve se “deteriorar” até o ano que vem. Ele defendeu uma candidatura de centro direita para enfrentar o petista, e critica o presidente Bolsonaro — “que veio com um discurso de ser mais à direita, mais liberal, mas se mostra totalmente incapaz de criar um projeto para o País”, disse em entrevista para o jornal “O Povo”, do Ceará.
Para Amoêdo, Bolsonaro representa “um projeto pessoal com um viés totalmente diferente do que a gente precisa para ser uma nação próspera e um ambiente democrático sem tanta polarização”, completou.“O que muda em uma eventual candidatura sua? Foi um erro ter apelado ao antipetismo em 2018?”, foi a pergunta de uma entrevista da revista Exame: “O antipetismo não foi um erro, mas a eleição ficou muito polarizada. O que muda na minha pré-candidatura é que vou começar sendo uma pessoa mais conhecida. Em 2018, eu praticamente nem aparecia nas pesquisas. Em 2022, o candidato do Novo poderá participar dos debates na TV. Temos um governador, uma bancada federal, estadual e vereadores. O partido é mais conhecido, e eu como pré-candidato também”.Em 2018, o Novo teve uma organização preliminar em Francisco Beltrão, com o odontólogo Talles Vanderlinde. Mas a ideia não prosperou.
Outros nomes
Além de Lula, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deverá ser candidato em 2022. Ciro Gomes (PDT) também tem se apresentado, e alguém do PSDB — os favoritos são um dos dois governadores de primeiro mandato, João Doria (São Paulo) ou Eduardo Leite (Rio Grande do Sul).O centrão — conjunto de partidos com grande influência na Câmara dos Deputados — hoje apoia Bolsonaro.
Patriota aguarda “sim” de Bolsonaro
Um partido “moralmente conservador, economicamente defensor do livre mercado e confessionalmente cristão”. Que protege a vida desde sua concepção, considera a família célula fundamental e rejeita o “credo socialista, que traz miséria para toda a sociedade”. Assim é o Patriota, legenda que aguarda o “sim” do presidente Jair Bolsonaro, ao menos pelo que se pode ler em sua carta de princípios. “Brasil acima de tudo”, diz o slogan da legenda, repetindo parte do grito de guerra dos bolsonaristas.O Patriota surgiu da junção do antigo PEN (Partido Ecológico Nacional), comandado por Adilson Barroso, com o PRP (Partido Republicano Progressista), de Ovasco Resende — presidente e vice da sigla, e ambos estão brigados.
Cidadania critica Lula, Dilma e Jair Bolsonaro
Um vídeo publicitário elaborado a pedido do presidente do Cidadania, Roberto Freire (PE), defende uma terceira via para 2022 com o mote “bora fazer juntos um futuro melhor para o nosso país”. O Cidadania (ex-PPS) é um dos entusiastas de uma eventual candidatura do apresentador Luciano Huck e tenta atrair o global para se filiar à sigla.
O vídeo mostra imagens e trechos de gravações com frases polêmicas de Dilma Rousseff (PT), uma fala em que Lula (PT) afirma ser honesto e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dizendo que “acabou com a Lava Jato”.
“O passado volta para assombrar”, diz o narrador seguido de montagens com fotos da malevóla, bruxa do desenho da Branca de Neve, com o rosto de Dilma.? O presidente Jair Bolsonaro é criticado pela condução da pandemia e pela volta da fome no país.