Alargamento do leito do Rio Urutago, viaduto do Bairro Alvorada, renovação do asfalto e calçadas para a Avenida Atílio Fontana, casas populares, condomínio para idosos, pequenas propriedades rurais e a antiga rodoviária são alguns dos muitos projetos de investimentos em sua gestão.
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Por Rodrigo Accorsi
Seguem mais respostas do prefeito de Francisco Beltrão, Cleber Fontana (PSDB), para o Programa Encontro Marcado, da Ação TV, no sábado, quando foi entrevistado pelos comunicadores Luiz Carlos Baggio, Ademir Augusto e Rafael Júnior.
Obras
Dentre as diversas obras que estão sendo efetuadas pelo município, o prefeito conta que o leito do córrego Urutago deve ser alargado e que toda a estrutura deve contar com um bom montante em investimentos. “O leito vai ficar com 12 metros por 8 [metros] e vamos ter que refazer as quatro pontes, o que vai necessitar de mais R$ 8 milhões. Vamos ter transtorno, mas isso tudo é necessário”. Segundo ele, há um projeto paralelo para que seja feita a contenção das enxurradas. “Ainda não divulgamos esse novo projeto, que prevê bacias de contenção.”Ainda com relação ao projeto de contenção de enxurradas, o prefeito relata que existe a possibilidade de rebaixamento tanto da estrutura do campo do Arrudão quanto da estrutura da pista de atletismo do Bairro Industrial. “Esses locais vão servir para receber um volume considerável de água, até que o rio volte ao seu leito normal. Também podemos utilizar esse mesmo sistema nas áreas próximas ao Hospital Regional. Vamos trabalhar para segurar as águas das primeiras chuvas”, garante.
Viaduto Alvorada
Uma das obras mais aguardadas pelos beltronenses, especialmente por aqueles que residem ou trabalham e têm suas empresas nos arredores do Bairro Alvorada, é o viaduto na junção da Rua Porto Alegre com a rodovia PR-180. Cleber afirma que a equipe da Prefeitura ainda está trabalhando no projeto, para que possa ser apresentado ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB). “O Traiano já se comprometeu em conseguir os recursos”, informa. Há ainda a possibilidade de concessão de pedágio na rodovia e, se isso acontecer, Cleber afirma que será necessário esperar um pouco mais para que as obras sejam executadas. Além disso, também é preciso aguardar um pouco mais, porque ainda não existe a informação de que possa haver a duplicação naquele local. “Temos que aguardar, porque, se houver a intenção da duplicação, teremos que partir para um segundo projeto. Nossa intenção é fazer esse viaduto porque naquela região passam de dez a doze mil veículos por dia,”
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Av. Atílio Fontana
Cléber aponta que havia um projeto para a Avenida Atílio Fontana prevendo a construção de novas rotatórias, porém, ele revela que talvez não seja executado como previsto: “Talvez façamos um novo recapeamento asfáltico, melhoramento das calçadas e dos dois semáforos da avenida, que hoje estão acumulando muito trânsito por causa das entradas dos bairros”. De acordo com ele, pode haver também um redirecionamento do trânsito naquele local para que as pessoas que necessitem acessar os bairros da Cidade Norte não o façam de forma direta. “Precisamos de semáforos de dois tempos; esses de três tempos travam muito o trânsito.”
Habitação
Quando perguntado sobre como estão os novos projetos de habitação, o prefeito afirma estar um pouco desapontado por não conseguir fazer sozinho aquilo de que o município tanto precisa. “Faz mais de 12 anos que não temos novos programas habitacionais do Governo Federal e o município sozinho não constrói casas. Hoje os terrenos estão muito caros em Francisco Beltrão, mas nós estamos permanentemente fazendo melhorias em residências.”Segundo ele, há pelo menos 20 anos existem mais de 15 áreas invadidas no município, que trabalha de forma constante para fazer as regularizações fundiárias. “O Terra Nossa hoje é o maior, com quase mil residências, mas nós estamos ‘acertando a vida’ daquele pessoal”, informa.
Condomínio para idosos
O Condomínio do Idoso, localizado na Cidade Norte, de acordo com o prefeito, já está licitado e a empresa já foi contratada para dar início às obras. “Passamos a área para a Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná). No início, serão 40 casas conjugadas e mais de um idoso vai residir em cada casa. Será um condomínio todo fechado em um lugar muito bonito. Vamos ampliar esse programa”, garante.
Tributação de terrenos
Aos proprietários de terrenos baldios, Cleber avisa que, se nenhuma providência for tomada para que as áreas sejam mais bem aproveitadas, haverá graves consequências. Ele diz que essas áreas precisam de investimentos para que possam se tornar, de fato, úteis ao município. “Estamos chegando no limite e não vamos perder investimento em Francisco Beltrão. As pessoas não precisam se preocupar em deixar terrenos para os filhos ou netos. Constrói, vende ou aluga, se não, vai pagar o valor do imposto bem mais alto.”Segundo Cleber, muita gente pensa em deixar os terrenos para seus herdeiros, mas não é assim que deve ser, pois isso limita o desenvolvimento. “Eu mesmo tenho terrenos, mas já estou pensando no que fazer com eles. Tem gente que está assim há 30 anos e com isso atrapalha o município.”
Vitrine
Em função de tudo o que vem acontecendo em Beltrão, nos mais diversos setores, Cleber afirma que o município está sendo visto como uma vitrine para o estado do Paraná. Prefeitos e vereadores de outros municípios fazem elogios ao que estão vendo acontecer no maior município do Sudoeste. “Quando encontro eles em Curitiba, puxam assunto, dizendo que Beltrão está muito bem e que aqui estamos fazendo muita coisa.”
Diversificação
A pandemia deu um novo sentido para muitos setores da economia e isso também vem acontecendo em Francisco Beltrão. Palavras como “reorganização” e “reinvenção” passaram cada vez mais a fazer parte do vocabulário dos brasileiros e em Beltrão não é diferente. Contudo, além das palavras já mencionadas, Cleber avalia de forma muito positiva a utilização muito frequente da palavra diversificação. “Nada disso que estamos vivendo foi planejado… veio acontecendo. Os municípios que apostam em um só tipo de cultura, como milho ou leite, por exemplo, sofrem com algum tipo de contratempo. Hoje somos polo em saúde, polo em educação, no setor de serviços e comércio. Isso tudo nos traz um equilíbrio e temos que manter essa diversificação”, comemora.
Proder
Está em andamento, na Prefeitura de Francisco Beltrão, o projeto de um programa que visa atender os pequenos produtores rurais do município, com foco em fazer com que a produção de cada um seja potencializada. Cleber diz estar capitaneando pessoalmente o projeto e que o lançamento deve acontecer nos próximos dias. “O programa tem o nome de ‘Proder’. Estamos atrasando o seu lançamento para que possamos fazê-lo quando as coisas já estiverem funcionando. Será o maior programa de extensão rural já feito na região.” Segundo ele, o município fará a contratação de técnicos, agrônomos e profissionais em todas as áreas para que o que é produzido em cada propriedade ganhe ainda mais força e torne os pequenos agricultores pessoas mais capacitadas para que possam obter, cada vez mais, melhores resultados. “O agricultor que produz tomate tem que produzir o melhor tomate da região. O agricultor que produz peixe tem que produzir o melhor da região. Vamos dar o ensinamento e trazer pessoas que conheçam para dar esse apoio”, afirma.
Essa, de acordo com Cleber, é uma forma de, além de capacitar os pequenos produtores rurais, poder fazer com que o PIB (Produto Interno Bruto) de Francisco Beltrão também traga resultados mais expressivos. “Isso vai fazer com que os produtores obtenham mais conhecimento e tenham uma renda maior, para que passem a investir também na nossa cidade. Eles precisam produzir mais e com melhor qualidade para que possam ter sua casa estruturada, um carro bom e uma vida melhor.”Cleber Fontana revela que a renda per capita em Francisco Beltrão, hoje, é de cerca de R$ 34 mil por ano, e que o novo programa também vai ajudar a aumentar esse número. “Existem cidades em que a renda per capita é três vezes maior do que isso e temos que melhorar para que possamos melhorar também o padrão e a qualidade de vida das pessoas”, conclui.
Antiga Rodoviária
A parte inferior da antiga estação rodoviária de Francisco Beltrão, vai abrigar o novo terminal urbano de passageiros – hoje localizado no cruzamento da Avenida Júlio Assis Cavalheiro com a Rua Porto Alegre, no Centro da cidade. O projeto, segundo noticia Cleber, já está pronto. Serão feitas melhorias nos boxes para os coletivos urbanos. Haverá também a reforma dos banheiros. “Vamos fazer com que fiquem bem confortáveis”, diz. Com relação à parte superior do prédio, lá estará localizado o mercado municipal. “Esse deve demorar um pouco, porque temos que pensar bem em como estruturar. É importante dizer que o mercado municipal não vai concorrer com a feira, é diferente.” No local do atual terminal, Cleber afirma que haverá a reestruturação da praça. “Vamos fazer também uma intervenção para melhorar o trânsito naquele cruzamento”, finaliza.
