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Francisco Beltrão
sexta-feira, 13 de junho de 2025

Edição 8.225

13/06/2025

O que fazer quando se encontra um morcego?

Há alguns dias, foram encontrados morcegos em Vitorino, que parecem ser hematófagos.

A orientação é chamar os responsáveis da área, como Vigilância Sanitária, Secretaria de Saúde, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar),

órgãos governamentais que são treinados pra manusear esses animais.

A presença de morcegos denota um desequilíbrio ambiental normalmente causado pela falta de alimento. Eles são atraídos por insetos e frutas. É perigoso? “Sim, sem dúvida. Alguns morcegos hematófagos são reservatórios naturais do vírus da raiva, e ao serem reservatórios, contaminam outros morcegos que não são hematófagos, pois coabitam as mesmas cavernas. Ao estarem contaminados podem ser presas fáceis, principalmente de gatos e esses gatos em contato com seus tutores pode completar o ciclo da doença, que pode chegar até às pessoas na forma de uma agressão”, explica José Carlos Zanella, médico veterinário da Planeta Bicho. Pelo cão também, uma vez que o cão ou o gato, quando olham pra um morcego acham que é um rato com asas e vão mexer com eles.

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Há alguns dias foram encontrados morcegos em Vitorino, que estão em análise, mas, a princípio, são hematófagos. “Não conseguiram capturar os animais, mas é uma mulher que tem cavalos e as lesões são exatamente onde os morcegos fazem o hematofagismo. Existe em Coronel Vivida também, normalmente na costa do Chopim é mais frequente, locais próximo de rios, penhascos e cavernas”, comenta Zanella.

Por esses motivos, a população deve ficar atenta e, caso encontre um, nunca coloque a mão; a orientação é colocar um balde com a boca pra baixo, prendê-lo ali e chamar os responsáveis da área, como Vigilância Sanitária, Secretaria de Saúde, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), ou outros órgãos governamentais que são treinados pra manusear esses animais. “Não deixe exposto, não chegue perto com cachorro ou gato, porque eles vão acabar pegando esse animal e vão ser mordidos.”

De acordo com Zanella, historicamente, os cães são mais vacinados que os gatos, porque o gato não era um animal de dentro de casa, isso é mais recente, além de que o gato não agride pessoas estranhas que vêm na casa, por isso as pessoas negligenciavam a vacina nos gatos. “Hoje, estima-se que apenas cerca de 30% dos gatos sejam vacinados contra a raiva, isso é muito baixo. E a raiva se ficar mais de três anos na população volta a ser problema, temos suspeitas em Foz do Iguaçu, teve óbito em Santa Catarina.”

Ele destaca ainda que esta é a única zoonose – doença infecciosa de animais capazes de ser transmitidas para o ser humano – que se tem conhecimento que não tem cura e é letal e lembra também que uma das funções do Centro de Zoonoses é fazer esse controle, mapeamento, e pra isso precisa de pessoas treinadas. A função principal deve ser o controle da população de animais causadores de doenças. “Há as endemias de mosquitos, raiva, leishmania e tantas outras que o Centro de Zoonoses pode tratar”, observa Zanella.

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