A Planeta Bicho conta com profissionais e equipamentos especializados na área.
Por Wagner Constantino*
Você sabia que um em cada três gatos e um em cada dez cães desenvolvem doença renal ao longo da vida? Ele pode ser o seu! Entenda mais e compartilhe isso para ajudar a prevenir a saúde do seu pet. A insuficiência renal é uma doença grave, que ocorre em cães e gatos, de todas as idades, mas principalmente nos idosos. É classificada em Insuficiência Renal Aguda, quando o órgão reduz sua capacidade funcional por período de horas a dias, mas que pode ser revertida se tratada corretamente ou então evoluir para insuficiência renal crônica, caracterizada por uma lesão renal irreversível e perda progressiva de suas funções, em que apenas pode ser realizado o tratamento conservador.
A facilidade de informação, aproximação e apego aos animais de estimação fazem com que os tutores de pets consigam cada vez mais identificar melhor as necessidades dos seus animais, mesmo assim, muitas vezes, estes pacientes com doença renal não apresentam sinais clínicos capazes de chamar a atenção dos proprietários e são atendidos em estágios mais avançados da doença.
Os sinais clínicos mais comuns em cães e gatos são aumento na ingestão de água, maior volume de urina, redução do interesse pelo alimento, emagrecimento progressivo e redução da atividade.
A Sociedade Internacional de Interesse Renal propõe diretrizes para a classificação e estadiamento do paciente com doença renal crônica. O diagnóstico é realizado pelo médico veterinário, através do exame clínico, solicitação de exames de laboratório para avaliar a função renal, como a creatinina sérica e SDMA, associado aos exames complementares de urinálise e ultrassonografia abdominal ou ainda biópsia renal.
O exame de SDMA é um marcador sensível, confiável e precoce para mensurar a perda progressiva da função renal, ainda na fase aguda ou em estágio inicial, podendo ainda refletir perante anormalidades em outros sistemas ou órgãos, favorecendo sobremaneira os nossos animais de estimação tanto para o diagnóstico quanto tratamento.
Mudanças simples na rotina dos animais ajudam a estimular a ingestão de água, como realizar a troca de água diariamente, utilizar mais de um bebedouro por animal e em locais da casa aonde permanecem a maior parte do tempo e longe dos ambientes que servem como “banheiro” ou caixa de areia, além de fontes e bebedouros automáticos, adicionar dieta úmida como os patês comerciais reduzem os riscos de ocorrer essa doença.
Procure um profissional capacitado solicite um check-up em seu pet. A prevenção está em suas mãos.
*Dr. Wagner Constantino, médico veterinário da Planeta Bicho.
